Responsável pelo abastecimento de 60% dos bairros de Rio Branco, a Estação de Tratamento de Água II (ETA II), na Avenida Sobral, desabou, na manhã desta quarta-feira, 24. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver a água escorrendo pelo terreno, e uma das hipóteses para o incidente seria a erosão no local.
Às 15h desta quarta-feira, 24, a prefeitura de Rio Branco convocou uma coletiva de imprensa e informou que parte da estrutura da ETA cedeu às 10h da manhã, interrompendo o abastecimento em boa parte da cidade. Entre as áreas afetadas estão Segundo Distrito, Calafate, Portal Ipê, Tangará, Manoel Julião, Bairro da Paz, Joafra, Mocinha Magalhães, Tucumã, Universitário, entre outras.
“Estamos aqui na estação de captação 2, que é um local onde se capta a água para tratá-la. O tratamento, em si, é feito na parte mais alta da cidade, mas é aqui [na ETA II] que é realizada a captação. O fato é que aqui é uma estrutura que vem colapsando há muito tempo, o solo está se movimentando bastante”, explicou o diretor do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), Enoque Pereira.
Ainda segundo o diretor, a estrutura atual não serve mais. “Colapsou de vez. Vamos fazer um paliativo para ver se, até a meia-noite ou 2h da manhã, conseguimos algo. Se Deus quiser, até amanhã vai estar solucionada essa parte de captação e tratamento”, reiterou, afirmando ainda que espera que o recurso, que foi garantido pelo governo federal, seja liberado o quanto antes.
“Já temos um histórico de situações semelhantes, não temos como ter reserva na cidade, que é algo que já queremos fazer para evitar situações como essa”.
O trabalho não sairá barato, ainda de acordo com o diretor. “Foi orçado em R$ 16,8 milhões toda a reconstrução, que durará algum tempo, mas é necessária para a resolução do problema. Não adianta termos uma boa ETA sem água”, afirmou.
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, pediu que a população entenda que a situação é crítica. “O governo federal já aprovou o projeto que nós mandamos, no valor de quase R$ 17 milhões. Falei há pouco com o senador Alan Rick, que também enfatizou a situação. O que vamos fazer hoje aqui são com recursos próprios, um paliativo”, disse.
Bocalom reiterou que espera que a população não sofra tanto. “Ficar sem água em casa é muito difícil. Mas nós vamos resolver isso aqui, se Deus quiser, talvez em 48 horas”, disse, finalizando com um apelo. “Você em casa, por favor, nos ajude, não desperdice água, procure economizar, porque nós estamos numa situação crítica”.
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