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Fazer viagens pode retardar o declínio cognitivo, sugerem cientistas

Em uma cidade desconhecida, é comum nos encontrarmos em uma esquina sem saber para onde ir mesmo com um mapa em mãos. O que pode ser apenas uma dificuldade para interpretar dados também ser um sinal de declínio cognitivo.

Uma pesquisa recente publicada na Frontiers in Aging Neuroscience indica que dificuldades de orientação espacial podem ser um dos primeiros sinais de demência.

Divididos em dois grupos, os voluntários foram instruídos a explorar livremente um labirinto e a aprender as localizações de alguns objetos. Em testes posteriores, eles tiveram que aplicar o que aprenderam, navegando entre dois objetos escolhidos aleatoriamente em até 45 segundos.

“Comparados a indivíduos mais jovens, os indivíduos de meia-idade exploraram menos o ambiente do labirinto, pois percorreram menos distâncias, pararam por períodos mais longos em pontos de decisão e visitaram mais objetos do que os jovens”, resume a médica Mary Hegarty, coautora do estudo, em comunicado da universidade.

Viajar pode combater o declínio cognitivo?

Para os pesquisadores, a exploração reduzida do labirinto em pessoas de meia-idade pode ocorrer devido a perda progressiva da capacidade de comunicação entre diferentes áreas do cérebro.

Por isso, se desafiar espacialmente, como fazemos nas viagens, pode ajudar a melhorar as habilidades de navegação e a preservar a capacidade cognitiva por mais tempo. “Se treinássemos pessoas de meia-idade para explorar melhor novos ambientes, com foco em viajar distâncias maiores, visitando caminhos que dão significado ao ambiente, isso poderia levar a melhorias em sua memória espacial, ajudando a retardar seu declínio cognitivo”, defende a doutoranda Daniela Cossio, coautora do estudo.

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