O mês de julho conta com celebrações antirracistas e lembranças da professora e antropóloga mineira Lélia Gonzalez e Nelson Mandela, que dedicaram a vida à luta contra o preconceito e a desigualdade social. O mês também marca as datas de morte de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum (30 anos); do jornalista paulista Júlio de Mesquita Filho (55 anos); e da pintora e ativista mexicana Frida Kahlo (70 anos). E ainda lembra os 120 anos de nascimento do poeta chileno Pablo Neruda.
Falecida há 30 anos, no dia 11 de julho, Lélia Gonzalez desenvolveu conceitos como “Améfrica” e “pretuguês”, que definem o papel estrutural das culturas africanas nas sociedades que se desenvolveram deste lado do Oceano Atlântico. O programa Viva Maria, da Rádio Nacional, relembrou o legado da pesquisadora e militante antirracista.
Em 3 de julho é celebrado o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial. Ele remete à data da aprovação da primeira lei brasileira contra o preconceito. Trata-se da Lei n° 1.390 de 1951, conhecida como Lei Afonso Arinos, que na época estabeleceu que racismo era uma contravenção. Atualmente, a lei prevê penas de reclusão de um a cinco anos e multa para os condenados por práticas racistas. Além disso, ela estabelece que o crime de racismo é inafiançável e imprescritível, ou seja, não pode ser objeto de fiança nem perde a validade com o passar do tempo.
Os veículos públicos da EBC tratam deste tema frequentemente. No ano passado, a Rádio Nacional fez uma entrevista sobre o assunto com Ângela Santos, delegada do Distrito Federal, Titular da Delegacia de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, Orientação Sexual, Pessoa Idosa ou com Deficiência.
O jornal Repórter Brasil, da TV Brasil também lembrou do Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial e da Lei Afonso Arinos.
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