O mês de julho é marcado por ações de conscientização a respeito da vigilância, prevenção e controle das hepatites virais, que têm afetado milhões de pessoas em todo o mundo. Infecções que ocorrem na maior parte das vezes de forma branda, sem apresentar muitos sintomas, podem, em alguns casos, manifestar-se por meio de dores abdominais, tontura, cansaço e enjoo, entre outros sinais de desconforto, e pela coloração amarelada dos olhos e da pele, urina escura e fezes claras.
Em decorrência disso, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) planejou algumas ações para alcançar tanto o público externo como o interno, com a distribuição de panfletos informativos no centro de Rio Branco e um coffee break na sede da pasta na sexta-feira, 26, oferecendo serviços de testagem rápida. A programação também prevê a realização de um bazar beneficente para arrecadar recursos, que serão convertidos em cestas básicas para atender pacientes acometidos com hepatites virais.
As hepatites, que consistem na inflamação dos tecidos do fígado, são comumente tipificadas de A a D, sinalizando seu nível de agravamento e modo de contaminação. Segundo o Ministério de Saúde, as mais recorrentes no Brasil são as contaminações pelos vírus A, B e C, sendo o D mais comum na Região Norte.
Um dos maiores desafios na luta contra as hepatites virais é o diagnóstico precoce. Muitas pessoas com hepatite B ou C não sabem que estão infectadas até que desenvolvam complicações graves. Desse modo, as ampliações de acesso a testes de diagnóstico são essenciais.
O chefe do Núcleo Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da Sesacre, Jozadaque Beserra, destaca o papel das unidades no incentivo à população, destacando que a participação em conjunto torna o combate decisivo. “As ações também buscam informar e sensibilizar as unidades, tanto estaduais quanto municipais, na realização dessa conscientização in loco, para que estas priorizem a testagem rápida pelo menos uma vez ao ano”, explica.
A educação pública é fundamental na prevenção de transmissão das hepatites virais, para que se maximizem as ações de vacinação, diagnóstico precoce e tratamento eficaz, assim como a compreensão sobre os modos de transmissão e medidas preventivas, por meio do uso de preservativos e do não compartilhamento de seringas. Para pessoas que se encontram infectadas, o tratamento antiviral é o indicado, especialmente no caso da hepatite C.