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Sonhar acordado com frequência pode ser sinal de síndrome; entenda

Sonha muito acordado? Costuma se sentir lento? Olha para o nada? Pode ser sinal da síndrome de desengajamento cognitivo — Foto: Dennis Zhang/Unsplash

Você acha que sonha acordado com frequência? Você costuma estar letárgico e tende a se desengajar facilmente ao realizar uma tarefa? Você pode ter a síndrome do desengajamento cognitivo, ou SDC.

A SDC foi descrita pela primeira vez por psicólogos nas décadas de 1960 e 1970, quando perceberam que algumas pessoas exibem esses traços de forma mais persistente do que outras. Mas por que isso é considerado uma síndrome em vez de apenas uma característica peculiar da personalidade?

A distinção está no efeito. Para as pessoas com SDC, seu comportamento interfere significativamente em suas vidas diárias, desempenho acadêmico e interações sociais.

Enquanto todos sonham acordados ocasionalmente, aqueles com SDC acham difícil manter o foco em tarefas por longos períodos. Não se trata apenas de falta de atenção ou preguiça, a SDC é um padrão persistente que pode atrapalhar a capacidade de uma pessoa de ter sucesso em várias áreas da vida. Diferentemente do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), que inclui hiperatividade e impulsividade, a SDC é caracterizada pelo seu “ritmo cognitivo lento” – um nome anterior para a condição.

A condição não é reconhecida como um “transtorno de atenção” distinto no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, a classificação padrão de transtornos mentais usada por profissionais nos EUA. No entanto, o crescente corpo de pesquisas sugere que merece mais atenção e deve ser vista separadamente do TDAH.

Uma forma de distinguir os dois é que, se uma pessoa tem TDAH, ela é capaz de se concentrar em algo, mas provavelmente se distrairá e mudará seu foco para outra coisa. Se uma pessoa tem CDS, ela é incapaz de se concentrar em primeiro lugar.

Como identificamos a SDC?

O diagnóstico é complicado porque não existem critérios oficiais. No entanto, alguns psicólogos usam uma combinação de questionários e observações comportamentais para avaliar sintomas como devaneios frequentes, confusão mental e lentidão no processamento.

Pais e professores costumam relatar esse comportamento em crianças que parecem “desligadas” ou que demoram mais para responder a perguntas e completar tarefas.

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