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No Acre, presidente do STF diz que estado tem perdido guerra contra as drogas

Foto: Roberto Jayme/Arquivo

Em agenda no Acre nesta quarta-feira, 24, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o Acre tem perdido a guerra para o tráfico de drogas e para as facções criminosas.

Durante coletiva de imprensa, Barroso refletiu sobre o modelo brasileiro de combate aos narcóticos e disse que é necessário uma mudança na política antidrogas e antitráfico.

“A maneira que nós temos enfrentado a guerras às drogas não está dando certo. Nós estamos perdendo. Eu acho que nós precisamos das melhores mentes se debruçarem sobre o problema e pensarem qual a melhor forma de enfrentar o problema”.

O ministro afirmou ainda que o Brasil deixou de ser apenas rota de tráfico para se tornar um dos grandes consumidores mundiais de entorpecentes ilegais. Ele elencou formas de lidar com a situação a partir de modelos já experimentados no mundo, inclusive no país.

“Se optarmos pela repressão, é preciso asfixiar financeiramente as organizações, monitorar o dinheiro, os ganhos de carregamentos, ir atrás dos grandes traficantes e parar de prender menino pobre e de periferia. Ou, em alguns países, está sendo feito uma experiência de legalização, começando pela maconha. Essa providência dependeria do Congresso. Não estou defendendo um modelo ou outro. Estou dizendo que o que nós estamos fazendo não está funcionando”.

Barroso está no Acre cumprindo agenda do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Pela manhã, ele ministrou palestra na Escola Armando Nogueira com o tema “Como fazer diferença para si próprio, para o Brasil e para o mundo”.

O público-alvo foi estudantes do Ensino Médio, que puderam ouvir também reflexões sobre mudanças climáticas, inteligência artificial, democracia, entre outros assuntos. Depois, ele foi agraciado com honrarias do governo do estado e do poder judiciário.

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