O presidente estadual do PT, ex-deputado Daniel Zen, afirmou que a “extrema-direita”, os “ultra-liberais” e “conservadores” de Rio Branco, representados na pré-campanha eleitoral pela chapa de Bocalom (PL) e Alysson Bestene (PP), alimentam a polarização política na capital para herdar os votos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A afirmação foi feita em artigo de opinião publicado nesta terça-feira, 2, nas redes sociais do dirigente partidário.
“A turma do entorno do prefeito Bocalom se compõe dos autodenominados bolsonaristas. Mais do que de direita, se assumem como conservadores, ultra-liberais e de extrema-direta. Fazem esforço no sentido de nacionalizar a polarização para tentar herdar o espólio de votos que o ex-presidente da República obteve, nas últimas duas eleições nacionais, nas Terras de Galvez”, escreveu Zen.
O petista aproveitou para comparar a pré-candidatura de Bocalom com a de Marcus Alexandre (MDB), a quem o PT compõe enquanto aliado.
“Já a turma do entorno do Chame-Chame são os que integram a direita democrática, o centro e a esquerda progressista. Desse lado, o esforço é no sentido de municipalizar a polarização: em que pese não desconsiderar o embate ideológico e nacional, as soluções para os problemas da cidade devem preponderar no debate. Nessa aliança não há espaço para extremismos”.
Zen disse ainda que figuras da direita local criticam a esquerda ao mesmo tempo em que se beneficiam das políticas dela – referindo-se à retomada de investimentos para o Acre com o terceiro governo de Lula (PT).
“Falam mal da esquerda, mas, não se incomodam em se aproveitar dos feitos desta, sem nem ao menos reconhecer a autoria do Governo Federal e do Presidente Lula nas parcerias que trazem benefício à população acreana e rio branquense”.
“Na condição de presidente do PT no Acre já fiz diversas falas públicas a esse respeito, principalmente para dizer que, mesmo diante da ausência de reconhecimento do prefeito, o PT do Acre não pode e nem quer impedir que o Governo Lula firme parcerias com a Prefeitura de Rio Branco: jamais trabalharíamos para atrapalhar a celebração de tais parcerias, porque o prejudicado seria o povo da nossa querida Capital”, prossegue.