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Artigo: Inteligência Artificial e preservação das florestas brasileiras: o papel dos créditos de carbono

A combinação da Inteligência Artificial (IA) com a preservação das florestas brasileiras é uma estratégia promissora para enfrentar os desafios ambientais. No contexto dos créditos de carbono, a IA desempenha um papel crucial na monitorização, prevenção e mitigação do desmatamento. Exemplo disso é o processamento de imagens de satélite combinados com dados sobre estradas abertas na Amazônia para detectar estradas não autorizadas, frequentemente associadas a atividades ilegais, como desmatamento, caça e pesca predatória.
A IA não apenas ajuda a proteger nossas florestas, mas também oferece soluções inovadoras para a preservação ambiental. Ao investir em créditos de carbono baseados na integridade das florestas brasileiras, as empresas contribuem para um futuro mais sustentável. Exemplo disso, é o trabalho da gigante americana do mercado de carbono, a Brazil Agfor LCC – que elabora e executa projetos ligados ao mercado de crédito de carbono para todos os seguimentos no Brasil.
O papel do governo brasileiro é fundamental na interseção entre Inteligência Artificial e preservação das nossas florestas. Ele desempenha um papel estratégico ao criar um ambiente regulatório favorável, investir em pesquisa e colaborar com outros setores para maximizar o potencial da IA na preservação das florestas brasileiras e com isso, melhorando a qualidade de vida dos indígenas, ribeirinhos e quilombolas que vivem na Amazônia.
O Pará é um exemplo que precisa ser mostrado para todo o mundo. Além de ser um estado brasileiro rico em biodiversidade e coberto por vastas florestas, está liderando esforços para combater o desmatamento e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Através do sistema jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), o Pará está gerando créditos de carbono de alta integridade.
Todo o trabalho do governador Helder Barbalho certamente surtirá efeitos benéficos para a economia sustentável do Brasil, ainda mais com a COP30 se aproximando. Destaco aqui os principais motivos que podem levar as empresas de tecnologia a investirem no estado paraense:
– Responsabilidade Ambiental: À medida que a IA se desenvolve e consome mais energia, as empresas de tecnologia têm a responsabilidade de mitigar seu impacto ambiental. Investir em créditos de carbono é uma maneira tangível de compensar essas emissões.
– Valor Agregado: Os créditos de carbono do Pará são um produto premium. Eles são gerados em um ambiente íntegro, ouvindo a sociedade civil e com forte participação social.
– Diferenciação Competitiva: Empresas que investem em créditos de carbono podem se destacar no mercado, atraindo consumidores e investidores preocupados com questões ambientais.
Em suma, a união da Inteligência Artificial e créditos de carbono pode ser uma estratégia eficaz para preservar nossas florestas e mitigar as mudanças climáticas, cada vez mais presentes em nosso dia a dia. A combinação é perfeita porque une de um lado um mercado global estimado em USD 480 bilhões e, de outro lado, as Big Techs que estão em pleno apogeu em todo mundo.

Leonardo Lopes Pimenta – sócio-proprietário da Lopes Pimenta Advocacia

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