O Acre registrou recorde de queimadas para o mês de julho em 19 anos, segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que realiza o monitoramento. Os dados mostram que, este ano, o estado registrou 603 focos de calor em julho.
Até então, desde 1998, quando iniciou a série histórica, o maior número para o mesmo período foi em julho de 2005, que teve 1.136 registros de incêndios.
No acumulado do ano, o estado registra 740 focos de queimadas, segundo o monitoramento. Esse número é 184% maior que no mesmo período de 2023 e o maior de toda série histórica.
O aumento expressivo de queimadas ocorre em meio a seca em que o Acre enfrenta. No último dia 30 de julho, o governo do estado decretou situação de emergência em decorrência da seca extrema e da iminente possibilidade de desabastecimento do sistema de água. A medida tem validade de 180 dias.
Segundo os dados consolidados pelo Inpe, o número de queimadas em julho deste ano foi quase o triplo dos registros do mesmo mês em 2023. No ano passado, o estado teve 212 focos de calor nesse período.
Somente no dia 31 de julho, o Acre teve 59 focos de calor, ou seja, mais da metade do registrado em todo o mês de junho, quando foram contabilizados 101 focos no estado.
Entre as cidades acreanas com maiores números de focos de queimadas este ano estão:
- Feijó – 122
- Cruzeiro do Sul – 70
- Tarauacá – 66
- Rio Branco – 57
- Sena Madureira – 55
- Manoel Urbano – 51
- Acrelândia – 40
- Xapuri – 20