Em entrevista concedida com exclusividade À GAZETA, na manhã desta quarta-feira, 28, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, falou acerca das ações realizadas pelo Governo Federal em relação aos municípios acreanos que estão padecendo de insumos por conta da estiagem.
De acordo com Marina, todas as ações em relação a situações típicas como essa devem ser conjuntas, entre governos federal e estadual. A gestora relembrou também que os prefeitos de cidades menores têm mais dificuldade, mas os estados precisam, também, planejar as ações em relação às mudanças climáticas.
Leia também: Marina Silva fala sobre atual momento de mudanças climáticas e estiagem no Acre: ‘os alertas são dados desde 1992’
Para utilizar como exemplo, Marina reforça o trabalho realizado pelo Governo Federal, que une os ministérios da Integração, do Desenvolvimento Social e da própria Defesa Civil Nacional. Ela reitera ainda que – em casos de isolamento, os prefeitos precisam que os prefeitos façam a demanda à União, conforme determinação do presidente Lula.
“No caso em que as prefeituras não têm capacidade de fazer o encaminhamento dessas propostas, o Ministério do Desenvolvimento Regional é o especialista para ajudar a fazer as propostas que devem ser encaminhadas para o governo federal. E é ficar atento para os problemas de saúde, que, muitas vezes, vêm junto com essas situações em função de não ter água potável”, disse, reiterando que é necessário todo um esforço. “Tudo o que está ao alcance do Governo Federal, nós estamos fazendo e atuando nos mais de 1,5 mil municípios em situação de emergência no país, em diferentes contextos”.
Estiagem severa
Marina Silva também comentou sobre a estiagem severa nos rios do Estado. Na manhã desta quarta-feira, 28, o nível do Rio Acre, em Rio Branco, era de 1,32 metro, apenas 7 centímetros acima da menor marca já registrada.
“Eu me lembro que, quando eu era vereadora, em 1988, aos 28 anos de idade, eu dizia que isso ia acontecer. Naquela época eu era ridicularizada”, enfatizou, acrescentando que, infelizmente, suas falas já estavam certas há 35 anos. “Eu gostaria muito de não ter razão, mas desde que me entendo por gente tenho lutado aí. O Chico Mendes pagou com o preço da vida dele para que isso que está acontecendo não acontecesse; o Wilson Pinheiro pagou com o preço da vida. O que está acontecendo, infelizmente, é o que a ciência falou, os ambientalistas falaram, mas a gente não foi capaz de entender esses alertas todos que foram dados”, disse.
Para Marina, a hora é de trabalhar todos juntos: “As prefeituras, o governo federal, o governo estadual, e essa é a orientação do presidente Lula. Eu, todas as vezes que tenho determinadas situações, acompanho o ministro Waldez; nesse momento, a gente está numa operação muito grande envolvendo a Amazônia toda e o Pantanal, mas a minha total solidariedade com o povo do Acre, com as autoridades, que eu sei que também estão dando o seu melhor, e a nossa determinação é de trabalhar juntos”, reforça.
Veja o trecho:
Ver essa foto no Instagram
Veja a entrevista na íntegra:
Assista à segunda parte: