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Em greve, trabalhadores da Educação fazem ato em frente ao Palácio de Rio Branco

Foto: Iryá Rodrigues

Em greve há seis dias, servidores da rede pública de Educação do Acre foram para a frente do Palácio Rio Branco nesta terça-feira, 13, para pressionar o governo com relação às negociações de suas reivindicações.

O movimento grevista iniciou na última quarta-feira, 7, e algumas escolas do estado já estão fechadas, o que afeta o segundo semestre do ano letivo.

Em nota, o governo do Acre informou que, desde fevereiro deste ano, houve negociações com os três sindicatos ligados à Educação. Ainda conforme o governo, foi apresentado o quadro demonstrativo de despesas, a lei orçamentária anual, os recursos disponíveis e os valores investidos na folha de pagamento e que o Estado está vetado de conceder qualquer aumento neste momento pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Entre as principais reivindicações, estão a correção salarial; o retorno dos 10% de referência salarial, que começou a ser retirado em 2021; e o parcelamento da devolução salarial em prazos mais curtos.

Foto: Iryá Rodrigues

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, afirmou que a categoria espera que o governo entregue uma proposta aceitável.

“A categoria tem sido passiva e até solidária com este governo porque tiraram de uma vez os 10%, mas estamos aceitando parcelado, só não esse parcelamento longo como eles querem. É só encurtar esses prazos e a categoria aceita. Mas, infelizmente, não querem sentar para discutir.”

Rosana também mencionou que há pautas que não requerem recursos e ainda não foram atendidas, como a comissão para discutir a bolsa da Escola de Tempo Integral.

“Já temos mais de 30% das escolas fechadas em Rio Branco, e esse número está aumentando. Em municípios como Epitaciolândia e Porto Walter, a adesão é de 100%”, destacou Rosana.

Foto: Iryá Rodrigues

Servidor público da área administrativa da Educação há 30 anos, Carlos César, também participou do ato e expressou sua insatisfação com o parcelamento proposto pelo governo.

“O governo tirou os nossos 10% das tabelas, estamos perdendo cerca de 80 mil reais por ano. Ele quer devolver em três vezes, o que é inviável para nós. Estamos aceitando que ele devolva em duas vezes, mas em três anos é impossível”, afirmou Carlos.

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