A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, concedeu entrevista exclusiva À GAZETA, nessa quarta-feira, 28. Na ocasião, Silva conversou sobre a atual situação do país, a forte estiagem que o Acre vive e as atuações do governo federal em relação ao problema.
Já no início da entrevista, Marina reforçou que o atual momento é de extrema dificuldade no contexto de mudanças climáticas; segundo a gestora, há uma diferença muito grande em tudo aquilo que era conhecido há tempos do que é verificado hoje em dia, classificando-o como “novo normal”.
“E nós estamos aprendendo a lidar com esses acontecimentos. Quando eu digo nós, refiro-me à população; para os ambientalistas, para os cientistas, isso não é novidade desde 1992, e os alertas vem sendo dados de que isso iria acontecer”, reforça.
Marina classifica a atual situação climática como descontrolada e fora de padrão, relembrando que, em alguns momentos, há chuvas fora do padrão e, noutros, estiagens profundas. “Acompanhada de ondas de calor, de temperaturas muito altas e, ao mesmo tempo, baixa a umidade, como é o que acontece aqui na região do Pantanal e no entorno de Brasília, ou seja, quando você junta esses fatores todos, verificamos estes fenômenos, como é o de incêndios que são feitos pela ação humana”, enfatiza.
Silva reiterou que os atuais eventos climáticos têm sido devastadores. “Vivemos a maior seca na Amazônia dos últimos 40 anos, nós temos a maior seca no Pantanal e, nesse momento, temos alta temperatura, baixa umidade, ventos em alta velocidade. E as pessoas não estão cumprindo a lei. Vários estados já decretaram que não pode mais haver uso do fogo”, diz, fazendo um apelo à sociedade. “Que as pessoas tenham consciência de que isso é um prejuízo, sobretudo, para a vida das pessoas, para a saúde”.
Veja o trecho da entrevista:
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Confira também a entrevista completa íntegra:
Assista à segunda parte: