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Médico alerta pra toxicidade do ar em Rio Branco e indica o uso de máscaras: ‘está pior que Pequim’

Cardiologista Odilson Marcos Silveste destaca que, atualmente, a poluição causa mais morte no mundo do que a diabetes e o colesterol, e dá outras dicas para proteger a saúde. Confira.

Anne Nascimento por Anne Nascimento
29/08/2024 - 10:33
Foto: cedida

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“Assim que a gente é exposto a poluição, existem efeitos que são em segundos, e a pessoa pode piorar e ter uma crise de asma, uma crise da sua bronquite ou do enfisema”. As palavras são do médico cardiologista Odilson Marcos Silvestre, na manhã desta quinta-feira, 29. Segundo o especialista, o ar de Rio Branco estaria pior que o de Pequim, e seria necessário o uso de máscaras.

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Ainda de acordo com o médico, um estudo na Amazônia com mais de dois milhões de internações, cerca de dez anos de acompanhamento, mostrou que, nessa fase com poluição, aumentam em 40% as internações, em especial por problemas respiratórios. “E esse aumento acontece nas crianças, nos idosos e nas pessoas que já têm problemas crônicos como doenças pulmonares e doenças circulatórias. Esses são os chamados efeito agudos que acontecem nos primeiros dias, geralmente, nos primeiros cinco dias de exposição à poluição. Agora, é importante as pessoas saberem que existem os chamados efeitos crônicos, a poluição hoje”, reforçou.

Atualmente, segundo o médico, a poluição causa mais morte no mundo do que o diabetes, do que o colesterol. “É a quarta causa de morte, está atrás só da pressão alta, do cigarro e de dieta ruim. Depois disso, vem a poluição. Então, ela é chamada um fator de risco cardiovascular que deve sim ser abordada. Interessante eu falar aqui que quem tem exposição a muita poluição, no longo prazo, acaba desenvolvendo pressão alta e diabetes. Então, a poluição tem esses efeitos de longo prazo que devem ser relatados e evitados”, avaliou.

Pessoas precisam verificar toxicidade do ar

O médico disse, ainda, que as pessoas necessitam – além de saberem sobre as condições do clima, se vai chover ou não – avaliar se um dia é mais poluído ou não que o outro.

“Existem hoje aplicativos: eu uso um, por exemplo, que chama IQ Air, que mostram como está a poluição naquele dia, e o aplicativo nos dá uma precisão maior. Conseguimos saber realmente se o ar está adequado para respirar ou não. Hoje, por exemplo, em Rio Branco, na medição chamada material particular do 2,5, que deve estar abaixo de 15, hoje aqui está 158”, reiterou – referindo à data de 29 de agosto. “Quando eu olho no aplicativo, esse é dos piores ares do mundo a se respirar no dia de hoje. Então hoje é um dia que nós temos que evitar atividades externas”, reiterou.

Especialista indica uso de máscaras

O médico comenta, ainda, que a poluição fica pior nos momentos mais frios da manhã, ou seja, pela manhã e no final do dia. “Então, esses são os horários que nós temos que evitar exposições. De uma forma geral, além de acompanhar o índice de poluição, o que as pessoas devem fazer nesse período? Primeiro, evitar atividades externas, tentar ficar em casa, se for fazer exercício físico, que seja em áreas fechadas, com um bom sistema de purificação de ar. Então, o seu ar condicionado deve sim ter uma boa purificação do ar, o filtro deve estar atualizado. Para quem precisa sair, e aí é em especial para quem já tem doenças crônicas, doenças respiratórias, para quem é idoso e para as crianças, é importante usar uma máscara, de preferência uma máscara N95, são máscaras mais potentes aí que. Que evitam a respiração desse ar poluído”.

Além disso, o médico ressaltou que é importante que todos saibam que, durante este período mais poluído, existem pessoas que são mais afetadas: crianças com menos de cinco anos de idade e idosos, em especial, a partir dos 80 anos. “Além das pessoas que têm doenças crônicas cardíacas e respiratória em especial as doenças respiratórias como a asma e como o enfisema e a bronquite. Nós chamamos de doença pulmonar obstrutiva crônica, esses são os grupos que são mais afetados: são aqueles que nós temos que cuidar mais porque nessa fase eles acabam internando muito mais do que nos períodos que nós não temos poluição”, alertou.

Agosto e setembro são os meses mais poluídos na Amazônia

O oitavo e o nono mês do ano, de acordo com informações de Odilson, são os meses mais poluídos na região amazônica. “Respirar na cidade de Rio Branco, por exemplo, fica pior do que respirar em Pequim, em Los Angeles e mesmo na Avenida Paulista. Isso porque, nesses meses, temos a seca, temos a queima de pastagens e queima de árvores. Essa queima dessa biomassa produz a fumaça que nós vemos que suja o céu da Amazônia. Nessa fumaça, tem um mix de substâncias que são muito tóxicas ao organismo, um chamado material particulado que contém fuligem, o carbono preto, além de um composto de gases, tem ozônio, dióxido de enxofre, de nitrogênio e monóxido de carbono”, explicou.

Essa fumaça, com essas substâncias tóxicas, entram no corpo humanos pelos pulmões, o que causaria inflamações, inchaço ou edema. “É como se formassem pequenas feridas pelo nosso pulmão. Isso altera a função do pulmão e deixa a nossa viária inflamada. Além disso, vale a pena relatar que essa mesma fumaça causa alteração não só no sistema circulatório, mas também nas nossas artérias, nas nossas veias, é o chamado sistema circulatório, que está ali para dar circulação para o sangue no corpo todo. Mas na presença da fumaça, da poluição, há uma tendência de formar coágulos e há uma disfunção do chamado endotélio, algo chamado estresse oxidativo. Essas alterações todas elas explicam porque que nessa fase aumenta o número de infartos”, finalizou.

Odilson Marcos Silvestre é medico cardiologista, graduado pela Universidade Federal do Rio Grande. Fez residência de Clínica Médica no Hospital das Clínicas de Porto Alegre e residência de Cardiologia no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Silvestre tem doutorado em cardiologia pela Universidade de São Paulo (USP). Fez pós-doutorado em Doença Cardiovascular no Brigham and Women’s Hospital, na Universidade Harvard, Boston, EUA, e Master em Saúde Publica na Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, Boston, EUA.

Atualmente, faz pesquisa em Epidemiologia Cardiovascular na Amazônia e é professor de Clínica Médica da Universidade Federal do Acre (Ufac).

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