Com falta de chuvas e o aumento de queimadas, a qualidade do ar em Rio Branco registrou, nesta sexta-feira, 2, níveis de poluição quase três vezes acima do que o considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Dados dos sensores que monitoram a qualidade do ar, por meio do sistema Purple Air, mostram que a capital concentrou cerca de 40 microgramas por metro cúbico (µg/m³) de material particulado na manhã desta sexta.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que a quantidade de material particulado por metro cúbico (µg/m³) aceitável é de 15 microgramas pelo período de 24h. Porém, a partir de 12 µg/m³ já oferece risco em uma exposição prolongada.
Com o índice registrado nesta sexta, segundo a plataforma de monitoramento, os membros de grupos sensíveis podem sofrer efeitos na saúde com 24 horas de exposição. O público em geral tem menos probabilidade de ser afetado.
Outras cidades também estão com situação preocupante na qualidade do ar, como é o caso de Manoel Urbano, Sena Madureira e Santa Rosa, que estão com concentração de poluentes duas vezes acima do considerado ideal.
Número recorde de queimadas
O Acre registrou recorde de queimadas para o mês de julho em 19 anos, segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que realiza o monitoramento. Os dados mostram que, este ano, o estado registrou 603 focos de calor em julho.
Até então, desde 1998, quando iniciou a série histórica, o maior número para o mesmo período foi em julho de 2005, que teve 1.136 registros de incêndios.
No acumulado do ano, o estado registra 740 focos de queimadas, segundo o monitoramento. Esse número é 184% maior que no mesmo período de 2023 e o maior de toda série histórica.