A operação foi desencadeada após uma investigação minuciosa e contou com o apoio de todos os órgãos integrantes do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA), incluindo o Ministério Público Estadual (MPE), a Secretaria da Fazenda (SEFAZ), a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Polícia Civil do Acre (PCAC). A cooperação interinstitucional demonstrou ganhos significativos para a sociedade acreana.
A investigação revelou a existência de uma associação criminosa liderada pelo empresário, que teria sonegado mais de R$ 21 milhões em tributos estaduais, especialmente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
De acordo com o delegado da Defaz, Dr. Igor Brito, o empresário utilizava um esquema sofisticado, onde atuava como “sócio oculto” em várias empresas criadas irregularmente para fraudar o fisco estadual. “Essas empresas eram registradas em nome de terceiros, conhecidos como “laranjas”, que não possuíam capacidade econômica para justificar sua participação societária”, disse.
Entre 2016 e 2021, a organização criminosa movimentou mais de R$ 130 milhões. Além da sonegação fiscal, as investigações apontam que os recursos obtidos de forma ilícita foram utilizados na criação de novas empresas fraudulentas, bem como na aquisição de mercadorias, bens móveis e imóveis, configurando o crime de lavagem de dinheiro.
O delegado-geral da Polícia Civil do Acre, Dr. Henrique Maciel, ressaltou a importância dessa operação para o combate à criminalidade econômica no estado: “A Polícia Civil, em parceria com outras instituições, está empenhada em combater a lavagem de dinheiro e a sonegação fiscal, crimes que prejudicam diretamente a economia do nosso estado. Essa operação mostra que, quando trabalhamos juntos, conseguimos resultados expressivos, protegendo os recursos que deveriam ser destinados à população”, enfatizou.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema criminoso.