Oferecendo oportunidades de qualificação profissional aos operadores aéreos, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp/AC) tem o primeiro piloto privado (PP) elevado à categoria comercial por experencia de voos no Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). O voo de instrução para ascensão da categoria comercial aconteceu nesta sexta-feira, 16, na base aérea, com o uso do helicóptero Harpia 03, que contou com uma tripulação composta pelo piloto e o checador de voo autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) de Brasília.
A jornada de um piloto dentro do setor de aviação da segurança pública segue um caminho progressivo de aprendizado, certificações e responsabilidades que vão desde o nível de piloto privado até o de comando aéreo. Cada etapa demanda habilidades específicas, experiência e qualificações para operar em ambientes mais desafiadores. Sendo as horas de voos cruciais para a progressão, exigindo um mínimo de horas de voo para obter certificações.
“A ascensão de um piloto é um indicativo de que o Acre está investindo na formação e capacitação de seus operadores, buscando sempre melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços prestados à população. Além disso, esse feito também serve como inspiração para que mais pilotos dentro da corporação busquem avançar em suas carreiras e contribuam para a evolução da segurança pública aérea no Estado”, destaca o secretário de Segurança Pública do Acre, coronel José Américo Gaia.
O coordenador do Ciopaer, coronel Sérgio Albuquerque explica que o piloto privado, ao ser checado como comercial, atinge um nível superior de qualificação e horas. “As horas variam entre 150 a 250 horas de voo, onde exige no mínimo 100 horas de voo solo, cinco horas de voo noturno e 10 horas de voo de instrumentos em condições reais ou simulados e pelo menos 50 horas de voos de navegação solo. Permitindo que ele opere aeronaves de maneira mais ampla e em missões mais complexas”.
O Agente Comissário de Polícia e piloto em ascensão do Ciopaer, Nayck Trindade de Souza, explica que acumulou 500 horas de voo desde 2017, quando entrou para a força de segurança aérea do Estado. “Um voo de instrução para ascensão de categoria comercial é uma etapa fundamental na formação de pilotos que desejam avançar de piloto privado para piloto comercial. Esse tipo de voo envolve uma série de treinamentos específicos que visam aprimorar as habilidades técnicas, operacionais e de segurança, necessárias para voar profissionalmente”.
A certificação amplia a capacidade operacional do operador aéreo de Segurança Pública, permitindo que as forças possam atuar em uma maior variedade de cenários e em situações de risco elevado. A qualificação também reforça a autonomia do estado na realização de operações aéreas sem a necessidade de depender de serviços externos, o que pode ser decisivo em momentos críticos.
O centro de operações aéreas da Secretaria de Segurança é responsável pelas operações aéreas de transporte aeromédico, auxilio nos incêndios florestais, voo de patrulhamento noturno, operações de segurança e resgates, além de outras missões de caráter emergencial.
Requisitos de horas de voo para cada progressão de um piloto
Piloto Privado (PP)
Esta etapa serve para o piloto obter o conhecimento básico necessário para operar uma aeronave de forma segura em condições visuais.
– Horas totais: Aproximadamente 40 horas de voo (dependendo do regulamento da autoridade de aviação civil do país).
– Treinamento dual: Cerca de 20 horas de voo com um instrutor.
– Voo solo: Mínimo de 10 horas, incluindo 5 horas de voo solo de navegação.
Piloto Comercial (PC)
Nesta etapa, o piloto se qualifica para realizar voos comerciais. O treinamento é mais avançado e inclui voos em condições meteorológicas adversas e operações noturnas.
-Horas totais: Aproximadamente 150 a 250 horas de voo, dependendo das regulamentações locais.
– Horas de voo solo: Aproximadamente 100 horas.
– Horas de voo noturno: Pelo menos 5 horas.
– Voo por instrumentos: Cerca de 10 horas em condições reais ou simuladas.
– Horas de navegação solo: Normalmente, pelo menos 50 horas, incluindo voos de longa distância.
Ascensão ao Comando Aéreo
Um comandante aéreo é o piloto responsável por toda a operação de uma aeronave, seja em voos comerciais ou em operações especiais, como missões de segurança pública ou de resgate. A ascensão ao comando depende não apenas do acúmulo de horas de voo, mas também de uma série de certificações adicionais, avaliações de desempenho e experiência prática em missões reais.
– Horas totais: Normalmente, entre 1.500 a 2.500 horas de voo (ou mais, dependendo do tipo de aeronave e da natureza das operações).
– Horas em comando: Grande parte das horas deve ser acumulada como piloto em comando, demonstrando que o piloto já possui a experiência necessária para assumir o controle total da aeronave durante operações complexas.
– Horas específicas: Algumas operações, como o comando de aeronaves multimotoras, helicópteros ou jatos, exigem que o piloto acumule horas específicas nessas aeronaves