Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Bocalom diz não se arrepender de vetar a privatização do Saerb: ‘a água ia custar o preço da energia elétrica’

Foto: Sérgio Vale/Assessoria

“É só uma questão de tempo para a gente organizar [o abastecimento de água em Rio Branco]”, garantiu o prefeito e candidato à reeleição pelo PL, Tião Bocalom, durante sabatina promovida nesta quarta-feira, 21, pela Rádio Gazeta 93 FM em parceria com o site A Gazeta do Acre.

Segundo o gestor, a capital enfrenta problemas “seríssimos” no serviço há pelo menos três décadas. Ele acusou as gestões anteriores de não investirem no setor, o que teria contribuído para as crises de abastecimento durante seu mandato.

“Não se comprava bomba nova para o Saerb há mais de 20 anos. Nós acabamos de comprar uma quantidade grande de bombas novas e inclusive já estamos implantando em partes da cidade para aumentar o fluxo de água. Já gastamos R$ 180 milhões com o Saerb nesses dois anos que a gente assumiu [a pasta] e estamos gastando mais dinheiro ainda”, disse.

A gestão do Saerb voltou para a prefeitura em 2022, após 10 anos sob os cuidados do governo do estado. A reversão da pasta para o município foi solicitada pelo próprio prefeito para evitar uma possível privatização do setor, gesto esse que Bocalom afirma não se arrepender.

“A coisa que eu tenho certeza que nós fizemos correto foi não ter deixado privatizar, porque, se privatizasse, a água iria custar o preço da energia elétrica. Quem tem dinheiro, paga. Agora quem não tem dinheiro? Rio Branco é uma cidade muito pobre, tem 46 mil pessoas no Bolsa Família. Nós já estamos melhorando muito e vamos continuar”.

Questionado sobre de que forma, em um possível segundo mandato, ele pretende resolver em definitivo a situação da água na capital, Bocalom citou a perfuração de poços artesianos profundos e rasos e a construção de lagos entre 20 e 100 hectares para reforçar o abastecimento, sobretudo durante a estiagem.

“Na Cidade do Povo, por exemplo, o nosso desafio é abastecer 24 horas com água de poços rasos. Já tem um pessoal se preparando para a gente perfurar os poços lá. Então nós estamos trabalhando com o rio, vamos trabalhar com poços artesianos e também vamos trabalhar com os lagos, e aí sim a gente garante a água para a nossa população”.

Sair da versão mobile