A Rádio Gazeta 93 FM e o site A Gazeta do Acre realizaram, entre terça-feira, 20, e sexta, 23, uma rodada de entrevistas com os quatro candidatos à prefeitura de Rio Branco. A sabatina foi ao ar ao vivo, no Jornal Gazeta 93, e teve seus desdobramentos explorados neste portal.
Durante o bate-papo, os pleiteantes ao cargo de prefeito puderam expor suas principais propostas para a maior cidade do Acre e aproveitaram a oportunidade para alfinetar adversários.
A ordem das conversas foi definida por sorteio, com a participação dos assessores de cada candidatura. Confira as principais declarações dos candidatos, na ordem em que as entrevistas foram concedidas, e links para as reportagens com o contexto das falas:
Marcus Alexandre (MDB)
– Sobre secretariado: “Você não pode deixar de lado o perfil técnico, porque tem funções que são eminentemente técnicas. E tem outras funções que você pode, sim, unir o técnico e o político. Então eu quero dizer que eu vou ser grato com todo mundo que está me apoiando”.
– Sobre o dia a dia da campanha: “Eu chego em casa, agora nessas visitas, com o bucho cheio de café, e eu agradeço o povo por isso, porque eu sou bem recebido por onde vou”.
– Sobre propostas para saúde: “A obrigatoriedade do ponto para os profissionais de saúde será retirada. Hoje, estão fazendo o agente ir quatro vezes na unidade bater o ponto. Nós temos que tratar de meta de produtividade”.
Tião Bocalom (PL)
– Sobre cuidados com a cidade: “Evidentemente que eu queria muito ter tapado mais buraco na cidade, mas, infelizmente, a prefeitura não tinha estrutura. Quando eu peguei a prefeitura, a Emurb estava quebrada. Todo mundo sabe dos escândalos que aconteceram antes de eu assumir”.
– Sobre enchentes: “Nunca a prefeitura puxou para ela o atendimento às famílias alagadas. Sempre foi o Estado. Agora, com a gente, não. Fui o único prefeito que pegou três alagações. E botei dinheiro para cuidar das pessoas”.
– Sobre o Saerb: “A coisa que eu tenho certeza que nós fizemos correto foi não ter deixado privatizar, porque, se privatizasse, a água iria custar o preço da energia. Quem tem dinheiro, paga. Mas e quem não tem? Rio Branco é muito pobre, tem 46 mil pessoas no Bolsa Família”.
Jenilson Leite (PSB)
– Sobre adversários: “Percebi que Marcus Alexandre e Bocalom são muito parecidos. Ex-prefeito e prefeito assumiram uma série de compromissos com a população e esses compromissos não foram honrados, acabaram não avançando”.
– Sobre pesquisas eleitorais: “Se você pegar a última eleição em Rio Branco ,nós tínhamos o Minoru Kimpara como favorito e a Socorro Neri em segundo. E como foi que a eleição terminou? O que começou [a campanha] em primeiro lugar não chegou nem ao segundo turno”.
– Sobre polarização política: “A população não quer saber quem é mais Lula e quem é mais Bolsonaro. O que a população quer saber é se vai melhorar a água, a saúde e a educação e se as ruas vão ter mais trafegabilidade”.
Emerson Jarude (Novo)
– Sobre o segundo turno: “Estarei nele. Estamos trabalhando para isso de manhã, de tarde e de noite. Fico três horas por dia no semáforo, ando dez quilômetros por dia, falo com mais de 600 pessoas diariamente, fora as reuniões que fazemos no bairro”.
– Sobre a relação com a Câmara: “Espero renovação e vereadores comprometidos com a nossa capital. Existem prefeitos que gostam o tempo todo de serem bajulados [por parlamentares] e que escondam a realidade. Este não é o meu perfil”.
– Sobre adversários: “Marcus Alexandre e Bocalom deveriam pedir desculpas à população. A gente sofre, até hoje, com problemas básicos que eles tiveram a oportunidade de consertar. Agora, querem mais uma oportunidade para fazer aquilo que não fizeram”.