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‘Prefiro sofrer injustiça do que cometer injustiça’, responde Marina Silva sobre críticas de que ‘não faz nada’ pelo Acre

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Ao ser questionada quanto à famosa frase: “Marina não faz nada pelo Estado desde que saiu do Acre”, a ministra do Meio Ambiente responde, de modo educado e elegante, e afirma que as pessoas que acompanharam o trabalho dela como vereadora, senadora e ministra do Meio Ambiente sabem qual é a resposta. Marina foi entrevistada com exclusividade pela equipe de A GAZETA, na manhã desta quarta-feira, 28.

“Minha resposta é continuar trabalhando. Eu sempre digo que eu prefiro sofrer injustiça do que praticar injustiça. Se nós não tivéssemos aqui e o desmatamento não tivesse caído o ano passado 50% e, neste ano, não tivesse caído 45%, não estaríamos trabalhando. Se nós não tivéssemos um plano para retomar as políticas de combate aos incêndios, de combate ao desmatamento, se nós não tivéssemos hoje um programa Bolsa Família que está atendendo as pessoas em situação de extrema pobreza, se não tivesse uma defesa civil articulada hoje, atendendo os municípios em calamidade, nós estaríamos vivendo uma situação de caos total”, refletiu.

À reportagem, Marina disse agradecer a Deus e ao povo acreano que o acompanha de boa fé por estar atuando e pelo que tem feito ao longo da vida. “Inclusive contribuindo para que o desmatamento aí no Acre, em parceria com o governo, tivesse uma queda também, como tem acontecido em vários estados da Amazônia desde que assumimos aqui o Ministério do Meio Ambiente”, reforça.

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A ministra complementa que prefere sofrer injustiça do que praticar injustiça. “E a minha atitude é de solidariedade com todas as pessoas, inclusive com essas que fazem as críticas; porque, como diz o Gilberto Gil, o povo sabe o que quer, mas também quer o que não sabe. E, nesse momento, a gente tem que trabalhar para todo mundo”.

Marina finaliza acrescentando que ter a floresta preservada é bom para todo mundo. “Ter os rios perenes, cuidados, é bom para todo mundo; ter um sistema de saúde pública que atenda as pessoas é bom para todo mundo. Ter um programa social, como é o caso do Bolsa Família, é bom para todo mundo. Ter minha casa, minha vida é bom para todo mundo. É isso que a gente tem que fazer”, finaliza.

Veja a entrevista na íntegra:

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Assista à parte 2:

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