O ataque contra o Hezbollah, no início desta semana, começou a ser planejado em 2022 e envolveu uma empresa de fachada criada por Israel. A informação é de funcionários do Mossad, agência de espionagem israelense, divulgada nesta quinta-feira (19/9) pelo The New York Times.
De acordo com fontes anônimas, a BAC Consulting KFT foi a empresa falsa criada pelo governo de Israel, na Hungria, com o objetivo de implantar explosivos nos pagers que posteriormente seriam vendidos ao Hezbollah.
Inicialmente, acreditava-se que os aparelhos teriam sido fabricados pela Gold Apollo, em Taiwan. No entanto, a empresa asiática alegou ter terceirizado a produção dos pagers comprados pelo grupo libanês para a BAC Consulting KFT.
A empresa, localizada em Budapeste, capital da Hungria, teria sido criada por Israel em 2022 após a inteligência israelense notar que o Hezbollah passou a adotar os pagers na comunicação entre seus filiados. De acordo com a reportagem, os dispositivos que explodiram teriam sido adulterados com cargas explosivas na companhia.
Por medidas de segurança, a cúpula do grupo xiita recomendou que aparelhos mais tecnológicos, como smartphones, fossem substituídos pelos pagers, que corriam menos riscos de serem alvos de ações hackers ou vigilância.
Ainda segundo o The New York Times, enquanto preparava o ataque contra o Hezbollah, Israel teria fabricado e comercializado pagers para outros clientes. Os aparelhos, no entanto, não continham cargas explosivas.
Por Metrópoles