O escrivão policial Josimar Pereita Batista, de 51 anos, que foi preso suspeito do assassinato do adolescente Talisson Ferreira dos santos, de 13 anos, em Silvânia, a cerca de 83 km da capital goiana, foi encontrado morto dentro da cela neste sábado (21/9).
“A Polícia Civil de Goiás informa que o caso está sendo acompanhado e investigado pela Corregedoria da Polícia Civil, tendo sido adotadas todas as providências para elucidação do fato”, disse a corporação em nota.
O caso aconteceu no último dia 8 de setembro, quando o garoto foi morto por estrangulamento.
O policial se apresentou voluntariamente à Justiça, como divulgou a defesa dele à época da prisão. A Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) informou que não fazia a custódia do suspeito por se tratar de um policial civil.
Ação registrada
Vídeos mostram o momento em que o policial civil aborda o adolescente que caminhava na rua. Nas imagens, é possível ver o momento exato em que Talisson é abordado pelo homem, que para o carro ao lado dele. Na sequência, o carro prossegue e não é mais possível ver o adolescente.
Outro vídeo, gravado três horas depois, mostra Josimar se encontrando com o irmão. Os dois teriam ido até a casa do delegado de Silvânia Leonardo Barbosa Sanches, com Talisson dentro do carro. Lá, segundo depoimento do próprio delegado, o investigador orientou que os dois levassem o adolescente imediatamente ao Hospital Municipal.
Um terceiro vídeo registra o momento em que o carro de Josimar chega ao Hospital Municipal e, logo após, três homens retiraram o adolescente do porta-malas do veículo.
De acordo com as informações da Secretaria de Saúde de Silvânia, o adolescente chegou sem vida ao hospital.
No documento que oficializa que a prisão de Josimar passou de flagrante para preventiva, a juíza Carolina Gontijo Alves Bitarães afirma que a possível motivação do delito foi apontada na declaração da testemunha Josmar, que é irmão de Josimar.
No depoimento, ele diz que “desde que foi vítima de furto, seu irmão Josimar ficou muito abalado emocionalmente e com vontade de esclarecer o caso. Josimar não aceitava o fato de ter seus bens subtraídos, pois eram frutos do seu trabalho”.
Por: Metrópoles