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Médico filmado se masturbando em corredor está proibido de voltar ao prédio onde mora; veja o que se sabe sobre o caso

Foto: Reprodução

O médico Igor José Diniz, filmado enquanto se masturbava olhando para dentro do apartamento de vizinhas, está impedido pela Justiça de retornar ao condomínio onde mora, no bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife.

A proibição é uma das medidas cautelares que ele deve seguir durante as investigações da Polícia Civil, já que o médico foi liberado após ser preso em flagrante mediante o pagamento de fiança no valor de cinco salários mínimos.

Quando e onde o crime aconteceu?

 

O crime, registrado pela Polícia Civil como importunação sexual, aconteceu no condomínio Green Life, na Rua Barão de Itamaracá.

Apesar do médico ter sido preso na quarta-feira (17), uma das vítimas ouvidas pelo g1 contou que flagrou o homem com comportamentos suspeitos no corredor do prédio pela primeira vez em junho.

Segundo a mulher, ela viu o médico com a mão dentro da calça olhando para o apartamento de uma vizinha quando desceu para pegar um pedido de delivery. Ele ficou nervoso e levantou o joelho para que a vítima não conseguisse ver sua genitália, ainda de acordo com a mulher.

Alguém denunciou o caso?

A mesma vítima que flagrou Igor José Diniz no corredor pela primeira vez disse que começou a prestar mais atenção no comportamento do homem e percebeu que ele tinha o hábito de rondar pelo corredor olhando o apartamento dela e de outras vizinhas por horas.

Ela contou que chegou a filmar o médico pelo reflexo da TV de casa e acionou a dona do apartamento, o síndico e a polícia. Como o vídeo só mostrava o homem em pé nos corredores, as imagens foram consideradas insuficientes para iniciar uma investigação.

Existiam câmeras de segurança nos corredores do prédio?

 

O g1 entrou em contato com o síndico do condomínio e perguntou se existiam câmeras de segurança no corredores e nas áreas comuns do prédio, mas não obteve resposta. Uma das vítimas, que não quis se identificar, contou que as câmeras de segurança estão na entrada do edifício e em áreas compartilhadas, mas não nos corredores.

Como o crime foi filmado?

 

A mesma mulher que denunciou Igor José Diniz em junho pediu ajuda a outros vizinhos para reunir provas contra o médico, já que a imagem das filmagens foi considerada insuficiente e não existiam outras comprovações do crime.

Quem eram as vítimas?

 

De acordo com a testemunha ouvida pelo g1, Igor Diniz costumava vigiar o apartamento dela e, especialmente, o apartamento de uma vizinha do andar de baixo. Segundo ela, essa mulher não havia prestado queixa porque não tinha sido possível, até o dia da denúncia, entrar em contato com ela para contar o que estava acontecendo.

Onde e em qual especialidade o médico atua?

 

Igor José Diniz é residente de cardiologia no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), entidade filantrópica localizada no bairro dos Coelhos, na área central do Recife. Procurado pelo g1, o hospital disse que “tomou conhecimento do fato através da imprensa” e “que não tem responsabilidade sobre o comportamento do médico residente fora das dependências do hospital”.

Como aconteceu a prisão?

 

Após o médico ser filmado, os vizinhos o conduziram até o hall social do prédio para aguardar a chegada dos policiais. Ele foi conduzido pela Polícia Militar até a Central de Plantões da Capital (Ceplanc), no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife. No local, o homem foi autuado pela Polícia Civil por importunação sexual e passou por audiência de custódia.

Por que o médico foi solto?

 

A Justiça liberou Igor José Diniz após realização de audiência de custódia, que determinou o pagamento de fiança no valor de cinco salários mínimos. O TJPE decidiu que o médico deve cumprir algumas medidas cautelares enquanto estiver em liberdade provisória.

Além de não poder voltar para o condomínio, ele deve:

  • Comparecer a todos os atos do processo;
  • Se apresentar mensalmente à Justiça para informar e justificar suas atividades;
  • Não se ausentar da região onde mora sem autorização da Justiça;
  • Não mudar de endereço sem comunicar previamente à Justiça;
  • Não repetir o crime;
  • Fornecer número de telefone para contato, CPF e comprovante de residência;
  • Não manter contato com a vítima.

Por G1

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