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Baixa qualidade do ar faz com que gabinete de crise se reúna para discutir ações

Durante o encontro, o coronel Carlos Batista, coordenador da Defesa Civil Estadual e responsável, junto à Casa Civil, pela gestão do gabinete, reforçou a importância de uma abordagem integrada e coordenada. Foto: Carina Castelo Branco

Representantes de secretarias e órgãos integrantes do Gabinete de Crise, Seca e Estiagem 2024 do governo do Acre se reuniram nesta terça-feira, 10, para discutir as medidas necessárias para mitigar os impactos que os eventos extremos têm causado no estado, com foco principal na baixa qualidade do ar.

A reunião ocorreu na Casa Civil e contou com a presença de pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac) e de representantes de outras instituições e órgãos ligados ao meio ambiente.

Durante o encontro, o coronel Carlos Batista, coordenador da Defesa Civil Estadual e responsável, junto à Casa Civil, pela gestão do gabinete, reforçou a importância de uma abordagem integrada e coordenada entre os órgãos para enfrentar o momento delicado que o estado atravessa.

“Já estamos com diversas ações em andamento de resposta a essa situação crítica. Temos trabalhado nesse enfrentamento de forma unificada com a colaboração entre os diversos órgãos estaduais, federais e nos municípios, o que é essencial para que possamos lidar com esses desafios impostos pela crise ambiental que estamos atravessando”, disse.

Julie Messias, secretária do Meio Ambiente, explica o papel crucial do Cigma no fornecimento e análise dos dados que subsidiam o governo estadual na tomada de decisões. Foto: Carina Castelo Branco/Sema

A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, destacou o papel essencial do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), vinculado à Secretaria do Meio Ambiente, que fornece informações sobre os focos de queimadas e a qualidade do ar, e subsidia o governo na tomada de decisões.

“Sabemos que a situação que o Acre enfrenta pode se estender ainda mais, e temos buscado trabalhar alternativas para atenuar os impactos. Para isso, é fundamental consolidarmos os dados de cada eixo de atuação e trabalharmos juntos para analisar e combater os fatores que estão prejudicando a qualidade do ar. Temos um plano de ação emergencial, visando enfrentar a crise de forma integrada, utilizando metodologias eficazes que possam proteger a saúde da população e minimizar os impactos ambientais”, explicou.

Gabinete de Crise discute medidas para mitigar impactos devido à baixa qualidade do ar. Foto: Carina Castelo Branco/Sema

O ecólogo e cientista ambiental Foster Brown, da Ufac, ressaltou a importância da integração entre instituições para uma resposta mais eficiente.

“A tendência é que essa situação se agrave. Temos trabalhado com a Defesa Civil Estadual, ajudando e repassando informações e os dados que coletamos com os sensores de qualidade do ar instalados em todo o estado, com a colaboração do Ministério Público, para termos uma resposta mais ativa. Agora, precisamos unir esforços da academia e dos órgãos públicos para antecipar problemas e aumentar a resiliência da sociedade”, afirmou Brown.

Os professores e pesquisadores da Ufac, Osvaldo Leal e Foster Brown, também participaram da reunião. Foto: Carina Castelo Branco/Sema

O professor da Ufac e médico Osvaldo Leal também participou do encontro e mencionou a recente reinstalação do Comitê Científico de Crise da universidade como forma de auxiliar nas estratégias de mitigação.

“O comitê foi reinstalado na semana passada pela reitora Margarida Aquino e já está contribuindo com recomendações para a comunidade acadêmica. Nossa participação na reunião do Gabinete de Crise reforça o esforço coletivo necessário para enfrentar essa situação crítica”, concluiu Leal.

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