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Com poluição em níveis alarmantes, família opta por usar máscara na Expoacre

Foto: Iryá Rodrigues

Após anos desde que a pandemia de Covid-19 deu uma trégua com o avanço da vacinação, um acessório que já não era tão comum voltou a fazer parte do cotidiano de algumas pessoas em Rio Branco: as máscaras de proteção facial. Na noite deste sábado, 7, uma família acreana decidiu usar máscaras durante sua visita à Expoacre 2024, devido aos altos índices de poluição do ar que atingem a capital nos últimos dias.

A professora Ghislaine Brito, de 30 anos, estava acompanhada de sua mãe e de seu sobrinho. Todos usavam máscaras para se proteger da fumaça causada pelas queimadas que têm afetado a qualidade do ar no estado.

“Nós estamos com uma preocupação real em relação à fumaça. O nosso estado está em uma situação muito preocupante. Por isso, para preservar nossa saúde, decidimos vir de máscara”, disse a professora, mencionando que a família tem acompanhado as informações sobre a poluição tanto pela televisão quanto pelas redes sociais.

Ghislaine destacou que, além dos alertas do governo, médicos e profissionais de saúde também têm recomendado o uso de máscaras, principalmente em ambientes abertos. Apesar dessas recomendações, a maioria dos visitantes da Expoacre não estava utilizando máscaras de proteção.

Foto: Iryá Rodrigues

A professora contou ainda que esta foi a primeira vez que a família visitou a Expoacre este ano, e a intenção era aproveitar a noite para conhecer as novidades e promoções das lojas. Mesmo com a poluição, decidiram passear, mas com o cuidado extra de se proteger.

O sobrinho de Ghislaine, o estudante Vitor Gabriel, de 19 anos, ressaltou que a decisão de voltar a usar o acessório foi tomada para evitar problemas de saúde devido à poluição elevada.

“O índice de poluição do ar está muito alto e a gente precisa se prevenir. Estamos usando máscara para evitar resfriados e, principalmente, preservar a saúde”, afirmou Vitor. Ele revelou que havia deixado de usar máscara após a vacinação contra a Covid-19, mas, por conta da fumaça, ele e sua família decidiram retomá-la. “Infelizmente, temos que voltar a usar esse acessório. É o jeito”, completou.

Foto: Iryá Rodrigues

Poluição alarmante

A concentração de partículas poluentes no ar tem atingido números alarmantes durante o período de estiagem no Acre. Neste sábado, 7, Rio Branco registrou um nível de poluição 15 vezes maior do que o considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo os dados dos sensores que monitoram a qualidade do ar por meio do sistema Purple Air, o nível de poluição em Rio Branco chegou a 239 microgramas por metro cúbico (µg/m³) de material particulado nesta noite.

Para se ter uma ideia da gravidade, a OMS recomenda que a quantidade aceitável seja de 15 µg/m³ de material particulado ao longo de 24 horas. Com o índice registrado neste sábado, a saúde de todos os habitantes, especialmente dos grupos mais sensíveis, pode ser gravemente afetada.

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