O promotor de Justiça do Ministério Público do Acre (MPAC), Tales Tranin, concedeu, na tarde desta sexta-feira, 13, coletiva de imprensa em que nega, por meio de sua defesa, qualquer envolvimento sexual com detentos durante inspeções em penitenciárias.
Tranin é investigado por suposto favorecimento a criminosos em sua atuação na 4ª Promotoria Criminal de Execução Penal e Fiscalização de Presídio, onde responde, enquanto titular, desde 2019. O procedimento investigatório criminal, no entanto, corria em segredo de Justiça, até que, nesta quinta, 12, algumas informações vieram à tona via vazamentos.
No ensejo dessas informações, divulgou-se que o promotor teria se relacionado sexualmente com presidiários durante as inspeções de rotina da pasta à qual ele responde. O advogado de Tranin, Erick Venâncio, afirmou, na coletiva, que essas acusações sequer constam como conjecturas no procedimento à qual o promotor responde.
Porém, a defesa confirmou que Tranin manteve relações sexuais com monitorados, no entanto, esses contatos, segundo Venâncio, aconteceram fora do presídio, mediante pagamento, e que nunca houve nenhum tipo de favorecimento processual a esses e outros criminosos. Prova disso, de acordo com Tranin, é que ele chegou a pedir a prisão de sete.
Venâncio diz que supor relações sexuais entre um promotor e detentos durante inspeção em presídio é um desrespeito ao trabalho do MPAC e dos policiais penais, que acompanham as visitas. “A justiça existe, e a do Dr. Tales será feita”, garantiu o advogado, ao informar que os vazamentos “criminosos” e “mentirosos” serão investigados.
Ele lembrou ainda que, sobre o suposto envolvimento do promotor com o crime organizado, não há denúncia e nem ação penal, mas sim investigação e apuração, a fim de esclarecer a “verdade dos fatos”.