Mesas rústicas, cadeiras, poltronas, bancos, decorações, itens de cozinhas como tábuas de carne, petisqueiras, entre outros. Todos esses são itens feitos por detentos que trabalham com marcenaria no Polo Moveleiro de Rio Branco. Essas e outras peças estão à disposição no estande do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) na Expoacre, que teve início neste sábado, 31 e segue até o domingo, 8 de setembro.
O Advogado César Calixto, que passou pelo local nesta primeira noite de exposição, ficou encantado com os móveis de marcenaria expostos no estande do Iapen: “eu parei aqui e gostei do trabalho que os reeducandos estão fazendo, eu me deparei com um trabalho mais sofisticado. Estão, de parabéns os detentos que estão remindo sua pena com um trabalho bonito, parabéns ao Iapen”.
As madeiras utilizadas para fazer os itens em marcenaria são frutos de uma parceria entre o Iapen, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).
Luiz da Matta, chefe do Departamento de Ensino e Produção Sustentável, explica que esse ano tem um diferencial, o Iapen está emitindo o Documento de Arrecadação Estadual (DAE) para as pessoas que estiverem adquirindo alguma peça fabricada pelos detentos.
“A venda ela vai estar com um novo sistema, é o documento de arrecadação do Estado (DAE), lá tem o campo Receitas Industriais que é o caso aqui das marcenarias, dos instrumentos musicais, até do artesanato, da produção e das bandeiras também, assim dando mais transparência né, e a renda arrecada com as vendas vai para o fundo penitenciário do Acre, que retorna para a gente por meio de licitação e compra direta para aquisição de insumos e equipamentos”.
Todas as peças expostas no estande são produzidas por detentos que trabalham com marcenaria no Polo Moveleiro de Rio Branco, como uma forma de remissão da pena e reintegração à sociedade. O Diretor de Reintegração Social do Iapen, André Vinício Silva, explica que o trabalho de ressocialização é contínuo e tem o intuito de reintegrar essas pessoas com uma oportunidade de trabalho real. “Nosso objetivo é trazer o maior número de trabalho, para que ele venha sair dali com o certificado seja de agricultor, de marceneiro, que ele venha sair dali com uma oportunidade de emprego”.