Comunidades rurais e ribeirinhas da região de Rio Branco receberam assistência da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) nesta quarta-feira (18). Na região, a baixa dos rios dificulta a locomoção da população e o acesso aos serviços de saúde.
O Ministério da Saúde tem prestado apoio a estados e municípios afetados pelas queimadas e pela seca extrema. O principal objetivo é monitorar a capacidade de assistência e elaborar planos de resposta em caso de emergência de saúde pública.
Devido à seca extrema, a região no estado do Acre passou a enfrentar um vazio assistencial que afeta cerca de 120 famílias. A situação atinge sobretudo crianças, gestantes e idosos. Nesta quarta, um bebê de 9 meses foi encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na capital acreana. Ele apresentava comprometimento respiratório e febre.
Foto: João Vitor Moura/MS
A enfermeira emergencista Conceição Mendonça, que coordenou ação da Força Nacional do SUS, explica que neste momento de comprometimento do abastecimento e de forte presença de fumaça das queimadas, é essencial a realização de um diagnóstico situacional para conhecer as necessidades de saúde.
“Identificamos um grande vazio assistencial para aproximadamente 600 moradores da comunidade. Foi sugerido às equipes de gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco o fortalecimento das ações estruturantes e básicas de saúde por meio de equipes de saúde da família rural, considerando a distância da comunidade desses serviços. Também é necessária a implementação de estratégias de saúde na escola e educação em saúde para população ribeirinha”, resumiu.
Foto: João Vitor Moura/MS
Acrelândia
A Força Nacional do SUS também prestou assistência em Acrelândia, município distante 105 quilômetros de Rio Branco. Lá, técnicos visitaram o açude do Departamento Estadual de Água e Saneamento do Acre (Depasa) para medir a qualidade da água distribuída para a população.
A equipe também esteve na Unidade Básica de Saúde (UBS) Cícero Batista, onde foi verificado o fluxo de atendimentos, a capacidade de resposta da rede de saúde e o comportamento das doenças respiratórias e diarreicas agudas.
“Nós estamos aqui para apoiar, ajudar e contribuir com o estado e os municípios acreanos, desde a atenção primária até a alta e média complexidade”, destacou a técnica da Força Nacional do SUS, Tatiane Souza.
Além das visitas, a equipe da FN-SUS se reuniu com o prefeito de Acrelândia e com as equipes das secretarias municipal e estadual de Saúde.
Ministério da Saúde