Mais de 2 mil pessoas com sintomas de doenças respiratórias procuraram atendimento em uma das três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Rio Branco neste mês de setembro. Os dados foram repassados pela Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre), nesta quinta-feira, 19, a pedido do site A GAZETA.
A média é de 140 atendimentos por dia em todas as UPAs da capital. O número total de atendimentos nos 15 primeiros dias de setembro é quase 60% de todo o registrado no mês de agosto, que chegou a 3,5 mil atendimentos de casos de doenças respiratórias.
Somente no dia 10 de setembro, 221 pessoas com sintomas gripais procuraram por atendimento de saúde.
Em agosto, o número de atendimentos havia registrado redução significativa em relação aos meses anteriores. No entanto, a alta na procura em setembro já tinha sido prevista pela gerente da UPA do Segundo Distrito, Dora Vitorino, por conta dos altos índices de poluição registrados na capital.
Em 20 de agosto, o governo decretou situação de emergência em saúde pública, devido ao aumento de doenças infecciosas causadas por bactérias, agravadas pelas condições ambientais. A seca, as altas temperaturas e a baixa umidade têm comprometido a qualidade da água e da saúde pública, segundo o decreto.
A capital continua encoberta por uma nuvem de fumaça, com a qualidade do ar chegando a níveis alarmantes. Nesta quinta-feira, 19, de acordo com a empresa suíça IQ Air, a poluição do ar em Rio Branco está 30 vezes acima do considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e é classificada como “perigosa”.