Levar a inclusão e o acolhimento. Foi com este objetivo que o Espaço Singular expôs seus serviços em um estande na Expoacre 2024, no Galpão do Sebrae. Ainda na noite desta terça-feira, 3, a reportagem dA GAZETA conversou com a equipe profissional do local.
Maria Jaine de Lima Sena, uma das neuropsicólogas do espaco, explicou a importância de um local de acolhimento na feira, principalmente para quem é neurodivergente. “Este espaço serve para acolher as pessoas, tirar dúvidas. De repente, pessoas que não entendem bem o que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH); e quais são os sintomas de depressão, ansiedade”, disse.
Ainda segundo Jaine, a ideia é desmistificar algumas informações errôneas, além de realizar atendimentos primários, com a intenção de seguir com o trabalho de diagnóstico e tratamento em casos de necessidades; a ideia é estar presente.
“Neste ano, estamos com testes de rastreio de ansiedade, de depressão, de TDAH, autismo adulto e infantil, porque a população adulta também está sofrendo muito com essa questão. Muita gente tendo um diagnóstico tardio, que a maioria das vezes pensa que é só porque era muito tímido na adolescência, na infância e, depois de adulto, percebe que realmente tinha um transtorno guardado”, reiterou.
A neuropsicóloga aproveitou para enfatizar que transtornos e condições divergentes não são ‘moda’, como alguns ainda falam. “Sempre houve o autismo, mas atualmente a gente tem uma liberdade maior pra falar sobre isso. O autismo não é mais que aquela criança tímida, aquela criança que não fala com ninguém, que não aprende, as características são únicas; por isso que é um espectro”, afirma, acrescentando que, mesmo tardio, o diagnóstico é importante.” Mesmo tardiamente, o diagnóstico é necessário, além de servir para isso: ajudar as pessoas a se entenderem”, finalizou.