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Pintor acreano tem obras selecionadas para exposições no Rio de Janeiro e em São Paulo

Foto: Assessoria

O pintor acreano Ivan Campos apresenta, no próximo dia 2 de outubro, pelo menos quatro obras na exposição “Fullgás- artes visuais e anos 1980”, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Além disso, os quadros de Campos estarão em exposição, também, a partir do dia 5 de outubro, na 38ª edição do Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Ivan tem 64 anos atualmente e é filho do radialista Cícero Moreira e da bordadeira e funcionária pública Gercina Braga Campos. Durante um longo período em que passou internado para tratamento de tétano, ainda criança, teve contato com o desenho pela primeira vez. Isto porque sua mãe costumava desenhar em sobras de papel de pequenas dimensões para lhe entreter. Campos guardou todos os desenhos e, ao sair do hospital, começou a desenhar figuras vegetais e humanas, que serviam de modelo para os bordados feitos por sua mãe.

Durante esse período, o artista também colecionava histórias em  quadrinhos cujas imagens eram usadas de referência para seus decalques.
Foi com estes materiais à mão – sobras de papel e padrões gráficos de histórias em quadrinhos de baixo custo – que Ivan Campos aprendeu a desenhar de maneira autodidata.

Seu trabalho em pintura veio depois, caracterizado por uma formalização minuciosa e econômica, indicativa desses primeiros anos de aprendizagem. Do começo de sua produção até sua fase mais recente, o motivo de sua pintura é encontrado no ambiente em que está inserido: a floresta amazônica, com seus rios e igarapés, aspectos místicos de sua vivência com a ayahuasca e cenas de interiores sendo alguns dos mais
frequentes.

Foto: Divulgação/assessoria

A visão construída desse espaço não pretende ser naturalista, mas assume a indissociável ligação com a memória e imaginação. Em profundidade rasa, suas pinturas apresentam espaços densamente habitados por animais, diversas espécies vegetais, grafismos e formas que tendem à abstração.

Segundo o próprio artista, há uma combinação de cor e forma. “Muitas vezes a cor esconde a forma e a forma esconde a cor. É por isso que o apreciador necessita fazer o movimento de aproximar e afastar (sic.).”

Sua primeira exposição individual aconteceu em 2000, na Galeria de Artes do Sesc, em Rio Branco. Em 2005, foi laureado com medalha de ouro no 1º Salão Hélio Melo de Artes Plásticas, evento realizado pela Associação de Artistas Plásticos do Acre (AAPA), com a obra Alicerces da Terra.

Em 2018, recebeu a insígnia no Grau Cavaleiro do Quadro Ordinário da Ordem da Estrela do Acre, honraria concedida a personalidades que contribuíram para o desenvolvimento do Estado ou protagonizaram atuações decisivas em prol da população. Em 2024, Ivan Campos foi selecionado para o 38º Panorama Atual de Arte Brasileira, realizado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Agora, com obras em exposições simultâneas no Rio de Janeiro e em São Paulo, o artista alcança um novo espaço.

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