A capital do Acre, Rio Branco, vive mais um dia de poluição extrema, encoberta por uma espessa camada de fumaça resultante das queimadas e da seca intensa que assolam a região.
Os sensores que monitoram a qualidade do ar, por meio do sistema Purple Air, indicam que, na manhã desta sexta-feira, 20, a concentração de material particulado no ar alcançou 478 microgramas por metro cúbico (µg/m³), um número 30 vezes superior ao limite de 15 µg/m³ estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como aceitável para a saúde humana.
De acordo com os padrões da OMS, qualquer nível de poluição acima de 12 µg/m³ já representa risco à saúde, especialmente em exposições prolongadas. No entanto, os atuais níveis registrados em Rio Branco colocam toda a população em perigo.
“Alerta de saúde sobre condições de emergência: todos têm maior probabilidade de serem afetados com 24 horas de exposição”, alerta a plataforma Purple Air.
Nível “perigoso” de poluição
A situação crítica também tem sido monitorada pela plataformas IQ Air, que classifica a qualidade do ar da capital acreana como “perigosa”, a pior categoria na escala de poluição, acima de “insalubre” e “muito insalubre”.
Segundo a plataforma IQ Air, que monitora a qualidade do ar mundialmente, o nível registrado coloca a cidade no topo das mais poluídas do Brasil, à frente de outras capitais da Amazônia como Porto Velho (RO) e Manaus (AM), e também de grandes centros urbanos, como Campinas (SP).