O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, concedeu coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 2, para informar que as aulas para escolas municipais estão suspensas até sexta-feira, 6, com possibilidade de prorrogação caso não haja melhora na qualidade do ar. Como justificativa, Bocalom reforçou a intenção de cuidar da saúde das crianças.
A GAZETA entrevistou, na tarde desta terça-feira, 3, o cardiologista Odilson Marcos Silvestre: ainda na semana passada, o profissional da saúde já havia relatado que, na ocasião, a toxicidade do ar em Rio Branco estava pior que a verificada em Pequim.
Silvestre explicou que, nesta fase, em que o ar está poluído, de fato, as crianças, idosos e pessoas com doenças pulmonares crônicas são as mais vulneráveis.
” As crianças por terem vias aéreas menores; então, em qualquer situação onde tem inflamação, a doença, a manifestação de sintoma é mais comum. Além disso, elas têm um sistema imunológico ainda imaturo, que às vezes responde com muita inflamação quando na presença desse de material particulado, de fuligem, dessa sujeira do ar que nós estamos respirando”, respondeu Odilson.
Quanto aos idosos, o motivo principal seria por pessoas em determinadas faixas etárias já conviverem com outras doenças e possuírem uma função pulmonar reduzida. “E a fumaça faz com que exista uma diminuição da capacidade do pulmão funcionar; qualquer perda nessa capacidade faz com que eles [os idosos] sintam a falta de ar, já que a quantidade de ar que eles conseguem respirar já é reduzida”, diz.
O que fazer para evitar maiores problemas?
Ainda segundo o médico, a principal orientação para que se evite a piora dos sintomas ou mesmo eventos por conta da doença é reduzir ao máximo a exposição à fumaça. “O ideal é ficar em ambientes internos, com um ar-condicionado adequadamente limpo e regulado”.
Caso haja a necessidade de sair, Silvestre indica o uso da máscara N95, vez que ela diminui a quantidade de sujeira que uma pessoa pode respirar. “Quem conviver com doenças crônicas deve evitar ao máximo ao sair para áreas externas, especialmente nesses momentos onde a qualidade do ar está pior”, esclarece, acrescentando que as pessoas utilizem aplicativos de monitoramento do ar. “É preciso checar para verificar qual é a quantidade de material veicular. O orientado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é até 15”.
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