O Festival Internacional de Cultura, Arte e Teatro (FICATE) 2024 teve início nesta segunda-feira, 16, e segue até o próximo domingo, dia 22. O primeiro dia do evento contou com duas apresentações na Escola Municipal Padre Peregrino Carneiro de Lima, localizada no bairro Tucumã, em Rio Branco, alcançando mais de 500 alunos, além de professores e assistentes da instituição.
A diretora interina da escola, Ana Paola Araújo, destacou a importância do festival para os estudantes, muitos dos quais não têm acesso a atividades culturais como essa.
“Enquanto coordenadora da escola e diretora interina, a gente valoriza muito essas apresentações, porque nós vivemos numa comunidade em que muitas crianças não têm acesso a esse tipo de entretenimento. E também para fugir um pouco da rotina da sala de aula, eles apreciam muito, valorizam muito, até porque nós vivemos numa realidade onde eles têm muito acesso à informação e tecnologia”, afirmou Ana Paola.
Segundo ela, a escola tem buscado constantemente trazer atividades que ajudem os alunos a valorizar a cultura e as tradições artísticas, oferecendo uma alternativa às tecnologias do dia a dia.
“Eu acredito que é importante ensiná-los a valorizar esse tipo de apresentação, esse tipo de atividade dentro da escola e fora”, completou.
Romário Feitosa, diretor da Cia Cata-Ventos de Cultura e um dos organizadores do FICATE, comentou o sucesso da estreia do festival.
“Foi surpreendente para nós. Claro que a gente esperava que fosse uma coisa boa, fosse um espetáculo, mas surpreendeu bastante. Teve centenas de pessoas prestigiando o FICATE só nesse primeiro dia”, celebrou Feitosa, destacando ainda a diversidade cultural do evento, que contará com artistas de toda a América Latina, com apresentações em espanhol e português.
Yuri Montezuma, ator e fundador da Cia Tanto Lá Quanto de Cá, e também responsável pelo FICATE, enfatizou a importância do festival em levar cultura às escolas.
“Não só enfatizar a importância de fazer esse tipo de atividade em escolas, levando para eles coisas que geralmente eles não estão acostumados a ver, e que é uma marca do festival. Está se tornando uma marca do festival fazer isso. Levar para escolas, levar para os bairros distantes, apresentações no local que é para cultura. A escola é um local que é para troca de cultura, troca de experiências, e nada melhor do que levar espetáculos para dentro das escolas”.
Ainda na noite do primeiro dia, o grupo Candeeiro se apresentou no SESC- Centro com o espetáculo “Afluentes Acreanas”, trazendo ao público uma rica expressão da cultura local, com música e poesia que retratam as raízes e tradições do Acre.