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Profissionais da educação protestam em frente à Secretaria Municipal de Educação; mães se juntam ao movimento

Foto: Anne Nascimento

Profissionais da educação da rede municipal de ensino estiveram, na manhã desta quinta-feira, 12, em frente à sede da Secretaria Municipal de Educação (Seme), na Avenida Antônio da Rocha Viana, em protesto contra o vencimento do prazo de contratos temporários; mães de alunos também se juntaram ao movimento.

De acordo com os responsáveis pelo protesto, já houve uma reunião com o secretário adjunto da Seme, José Paulo Machado, e resta aguardar, mas ainda segundo informações repassadas pelos próprios manifestantes, outros problemas foram evidenciados: além da questão dos contratos temporários – que, conforme dizem os educadores – já teve o prazo vencido e não houve providencias para um novo processo, há, também, a situação de professores do cadastro de reserva, de um concurso realizado em 2019. Até o momento, nenhum deles havia sido convocado e, por isso, os profissionais reivindicam a efetivação.

De acordo com os responsáveis pelo protesto, já houve uma reunião com o secretário adjunto da Seme, José Paulo Machado, e resta aguardar. Foto: Anne Nascimento

Segundo um dos organizadores da manifestação, o educador Ronilton Honorato, ainda há a questão das faltas de aulas por conta da qualidade do ar. “Temos milhares de crianças sem aula no município em detrimento de uma fumaça que já está indo embora; porém, ainda não há previsão de retorno às aulas porque não tem nenhum informe oficial. Além, é claro, dos contratos rescindidos no último dia 2 de setembro, que é uma questão pública. Os contratos pararam, e criou-se um caos no município.

“Temos milhares de crianças sem aula no município em detrimento de uma fumaça que já está indo embora; porém, ainda não há previsão de retorno às aulas. Foto: Anne Nascimento

A situação, ainda de acordo com Honorato, já estaria em resolução, com promessa de ser cumprida até a segunda-feira. “E nós estamos pedindo para que os trabalhadores só voltem ao trabalho quando tiverem legalmente habilitados para isso, e não a pedido de alguém, porque eles precisam ter segurança jurídica para trabalhar e para poder receber depois. Então esse é o nosso ponto principal”, finalizou.

“Precisamos de mais profissionais”

Adjayna dos Santos é uma das mães que estavam no manifestação. Mãe de uma criança no Transtorno do Espectro Autista (TEA) e idealizadora do movimento SOS Autistas Acre, desde 2019, os responsáveis por crianças com doenças mentais afirmam a necessidade de mais mediares para esta área.

“Os que tínhamos já era um número. Estamos notando regressões do desenvolvimento pedagógico de cada criança que está ali”, diz Adjayna dos Santos

“Os que tínhamos já era um número. Estamos notando regressões do desenvolvimento pedagógico de cada criança que está ali [nas salas de aula], agrupadas em cinco, seis crianças, de várias necessidades especiais. Sabemos que é uma sobrecarga para os profissionais”, apela, acrescentando ainda que com a rescisão dos contratos, a perda é ainda maior. “E isto traz essa grande polêmica, esse grande problema que envolve não somente os profissionais, mas toda a sociedade, principalmente as [mães] atípicas. Quando levamos nossas crianças à escola, deixamos lá nosso maior tesouro”, finaliza.

A reportagem tentou contato com o secretário-adjunto da Seme, José Paulo Machado, mas, até o momento, não obteve respostas. O espaço segue aberto para respostas.

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