A Prefeitura de Rio Branco decretou, neste sábado, 21, situação de emergência em saúde pública e ambiental como resposta à grave crise causada pela fumaça das queimadas que têm comprometido a qualidade do ar na capital acreana.
Segundo informou o prefeito Tião Bocalom, em postagem na sua página no Instagram, a medida foi tomada para proteger a saúde da população e segue as orientações do Ministério da Saúde.
Com validade de 90 dias, o decreto visa garantir acesso a recursos federais adicionais para enfrentar os desafios impostos pelas condições ambientais.
“Esses recursos serão essenciais para enfrentarmos os desafios impostos pelas condições ambientais e oferecer o suporte necessário à nossa população. Nosso objetivo é agir de forma ágil e eficaz, priorizando a saúde e o bem-estar da nossa gente”, declarou o prefeito.
Diversos membros do secretariado municipal acompanharam a assinatura do decreto.
Qualidade do ar ‘insalubre’
A poluição atmosférica continua a ser uma preocupação para os moradores de Rio Branco, que enfrenta níveis alarmantes de partículas nocivas no ar. Na manhã deste sábado, 21, a qualidade do ar foi classificada como “insalubre”, de acordo com dados da empresa suíça IQ Air, que monitora a qualidade do ar globalmente.
Nas primeiras horas do dia, a concentração de material particulado (PM2.5) – partículas microscópicas que podem penetrar profundamente nos pulmões – chegou a 122 microgramas por metro cúbico (µg/m³), número oito vezes superior ao limite de 15 µg/m³ recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A capital acreana, com isso, alcançou o segundo lugar no ranking das cidades mais poluídas do Brasil, ficando atrás apenas de Porto Velho (RO).