O Rio Iaco, em Sena Madureira, alcançou o nível de 32 centímetros neste domingo, 22, chegando, assim, à menor cota histórica. Os dados são do governo do Acre, por meio do boletim diário da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), com informações do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma).
A escassez de chuvas reflete o agravamento da crise hídrica no estado com o prolongamento do período de estiagem. De acordo com a Defesa Civil Estadual, responsável por coordenar o Gabinete de Crise, criado para lidar com a redução das chuvas e o aumento do risco de incêndios ambientais, junto à Casa Civil, a ausência de chuvas tem agravado o cenário no estado.
“Na verdade, o cenário em Sena Madureira não é diferente do que estamos presenciando nos demais municípios acreanos. Neste sábado, 21, o Rio Acre, na capital, chegou também à menor cota histórica. Estamos atuando de forma integrada a fim de minimizar os impactos na população e ao meio ambiente, trabalhando junto aos municípios. É um trabalho árduo, que não para, e que estamos com todos os nossos esforços, com todos os entes do estado para mitigar os impactos da seca extrema no nosso estado”, disse o coordenador da Defesa Civil Estadual, Carlos Batista.
A previsão de um período de seca prolongada mantém a população e as autoridades em alerta. Diante desse cenário, o governo do Acre, por meio do Gabinete de Crise, tem intensificado medidas emergenciais para enfrentar a estiagem, que implica não apenas na crise hídrica, mas também em relação às queimadas e o desmatamento.
Entre as ações estão a declaração de emergência ambiental em todos os 22 municípios do estado, a ampliação do monitoramento dos níveis dos rios e qualidade do ar, o envio de caminhões pipa para as áreas mais críticas e o reforço nas campanhas de sensibilização sobre o uso racional da água, realizadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), e a proibição de queimadas em todo o estado até 31 de dezembro.