Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Terremotos no Acre: Observatório Nacional vai reforçar estudos sobre fenômeno

Cidade de Tarauacá, no interior do Acre - Foto: Jardy Lopes

O Observatório Nacional (ON/MCTI), por meio da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e do Pool de Equipamentos Geofísicos do Brasil (PEG-BR), anunciou, nesta quinta-feira, 5, que vai reforçar os estudos sobre os terremotos causados pelas movimentações tectônicas da Placa de Nazca, responsáveis pelos tremores registrados no Acre nos últimos anos.

O órgão vai integrar o projeto “Tomografia Sísmica na Amazônia Ocidental: Terremotos Profundos na Placa de Nazca”, liderado pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e que conta com a vice-coordenação do professor doutor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Antonio Romero da Costa Pinheiro.

“O principal objetivo é determinar a estrutura sísmica detalhada da placa de Nazca sob a Amazônia Ocidental, buscando compreender o regime térmico e a origem dos terremotos de fonte profunda (550 – 650 km) na região”, informou o Observatório Nacional.

Para isso, está sendo instalada uma rede sismográfica temporária composta por 11 sismógrafos de banda larga do PEG-BR, cinco sismógrafos da RSBR, três sismógrafos do Laboratório Sismológico da UFRN e um sismógrafo da rede de monitoramento global (GSN).

Os terremotos gerados pela Placa de Nazca costumam ser mais profundos, com centenas de quilômetros abaixo da superfície terrestre, o que explica o fato de serem sentidos de forma leve em algumas cidades do Acre onde há registros do fenômeno, como Tarauacá, por exemplo.

Leia também: Risco de terremotos faz cidade do Acre virar alvo de monitoramento diário

O Observatório Nacional ressalta que a implantação da rede de estações sismográficas temporárias permitirá também a ampliação da detecção desses eventos na Amazônia Ocidental.

“Além disso, com base nos dados coletados, as Defesas Civis dos estados poderão se preparar melhor para enfrentar terremotos expressivos. Planos de evacuação, estratégias de resposta e medidas de segurança podem ser desenvolvidos com base nas informações sísmicas disponíveis”, reforça o órgão.

Sair da versão mobile