O médico Geraldo Freitas Junior foi condenado a 17 anos, 10 meses e 15 dias de prisão pelo assassinato do colega acreano Andrade Lopes Santana, ocorrido em maio de 2021. A sentença foi proferida no Fórum Filinto Barros, em Feira de Santana, Bahia, após um julgamento que durou 20 horas e terminou na madrugada desta sexta-feira, 27.
O crime, que chocou familiares e amigos da vítima, aconteceu após um desentendimento financeiro entre os dois médicos, que estudaram juntos medicina na Bolívia e se mudaram para trabalhar no interior baiano.
Ainda segundo as investigações, Geraldo comprou uma caminhonete em nome de Andrade, já que estava com o nome sujo, mas não pagou o valor combinado. O conflito resultou em uma emboscada no Rio Jacuípe, onde Andrade foi morto com um tiro na nuca e teve uma âncora amarrada ao corpo, para que não emergisse.
Geraldo Freitas confessou o crime durante seu depoimento à Polícia Civil, mas alegou que não tinha a intenção de matar o colega. No entanto, a polícia acredita que houve premeditação, já que ele levou Andrade para o local isolado e utilizou o objeto pesado para dificultar a localização do corpo.
Após o desaparecimento de Andrade, Geraldo chegou a registrar o sumiço na delegacia e ajudou a família do médico, que foi do Acre para acompanhar as buscas. Quatro dias depois, em 28 de maio de 2021, o corpo de Andrade foi encontrado no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos, a 20 km de Feira de Santana, e Geraldo foi preso pelo homicídio.
Inicialmente, o julgamento estava previsto para dezembro de 2023, mas foi adiado após a defesa solicitar a mudança da comarca, argumentando que a localização do corpo em São Gonçalo poderia influenciar o resultado do julgamento.
Com informações: G1 BA