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Para Tranin, motivação para veiculação de processos pode ser homofobia

Foto: Leandro Chaves

Ainda durante a coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira, 13, o promotor do Ministério Público do Acre (MPAC) acusado de dar favorecimento a detentos, Tales Tranin, reforçou que as notícias veiculadas são – além de falsas – pesadas, e que só concedeu entrevista em respeito aos jornalistas.

Ao ser questionado se as acusações poderiam se dar por conta da orientação sexual, Tales, afirmou que “pode ser, sim”. “Eu trabalho com vulneráveis, não apenas com reeducandos. Fui promotor dos direitos humanos até pouco tempo; quando preto era xingado, eu que investigava, eu que ia a fundo. Quando a gente lida com vulneráveis, com os excluídos, com os pobres, infelizmente, às vezes, a gente não é bem entendido, mas a gente vai fazer o nosso trabalho”, disse.

Atualmente, Tranin responde por um processo – que corre em segredo de justiça – em quatro instâncias, decorrentes de um processo administrativo aberto no Conselho Nacional do Ministério Público e com investigação autorizada pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Acre, Samoel Evangelista.

Segundo a defesa do promotor, representada pelo advogado Erick Venâncio, as informações veiculadas não teriam qualquer conexão com a realidade e enfatizou que a principal preocupação é quando a realidade dos fatos é ultrapassada. Além disso, Vênancio reforçou que o vazamento é criminoso justamente pelo fato das investigações correrem em sigilo.

A defesa lembrou ainda que não há ação penal, mas investigação e apuração, e que isso deve ser respeitado. Ademais, ainda na coletiva, foi lembrado que Tales tem 26 anos de carreira e nunca sofreu uma condenação disciplinar e que o vazamento será investigado.

 

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