Já no ritmo de fim de ano – não me culpem, cheguei agora da padaria e precisei conviver de manhã cedo com renas, chapéus vermelhos e neve falsa em pleno outubro – trago aqui algumas das mensagens favoritas na pasta “oxe, galera!” da minha caixa de entrada dos últimos dois meses. Nomes ocultos porque somos queridos. Ou não somos?
- “Boa tarde, Roberta. Como vai? Escrevo para lhe pedir a gentileza de mandar feliz aniversário para a minha mãe na próxima segunda-feira. Não é aniversário dela, mas lembro que é por volta do fim de outubro, começo de novembro, no máximo dezembro. Onde quer que ela esteja, vai ficar contente.” Isso, sem o nome da mãe, certo? Às minhas filhas, um recadinho rápido, tô em casa ou no consultório. Qualquer coisa, é só mandar um Whats. E reforço que meu aniversário é 3 de março, nem fim de fevereiro, nem no máximo em abril. Março, 3 de março. Olha lá!
- “Odiei a última coluna. Não faz o menor sentido brincar com obstrução nasal. Esse é um problema sério que afeta uma parcela importante da população brasileira.” Desculpa. Mesmo. Mas eu não tava brincando não. O título do texto de 17/09 é Tu conhece o teu?. Segue com todo respeito do mundo aos obstruídos e com mil vivas para o Aturgyl, amor eterno, amor verdadeiro.
- “Boa semana pra quem?”. Eita! É só um desejo, não se sinta pressionado.
- “Oiê, você tem algum cupom de desconto do Bumbum cream? Também acho caro. Vale a pena?”. Esse era sobre o texto de 23/09 Ruim, jura?. Não, não tenho cupom para o Bumbum cream. Mas o sofá ainda não chegou, que tal? Alguém tem cupom de advogado de direito do consumidor?
- “Que saco essas reportagens da segunda. Tá bom de trocar. Não aguento mais ler paulista falando sobre agro. Essa Roberta tá bom de voltar pra faculdade. Tem que botar alguém pra falar de amor.” Fica com essa, Roberta paulista do agro.
- “Manda por favor os números recorrentes da sua aposta da Mega. Quero jogar também.” Era do É mentira minha de 14/10. Mando não, oxe!
- “Bom dia. Você não é terapeuta? O que significa sonhar com fritura de imersão? Era assim, eu tava sentada no chão, perto daquele lugar do McDonald ‘s onde eles botam sal na batata frita. Toda vez que vinha uma pessoa de uniforme ela tirava as batatas do óleo e jogava direto na minha boca. Minha boca era realmente muito grande. Botavam sal, misturavam e eu comia tudo. Muito impressionante porque eu não me queimava e elas saem bem quente do óleo, não é? O que significa?” Rapaz, não sei não. O que vocês acham?
Boa semana pra quem é de boa semana e feliz aniversário para a mãe do leitor onde quer que ela esteja.