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Assassinada por golpe de seguro milionário, moradora de rua foi encontrada com a identidade presa à roupa

Foto: Reprodução

Antes mesmo de a polícia suspeitar da morte de Luciene da Silva Gomes, as circunstâncias em que ela foi encontrada chamaram a atenção dos investigadores. O corpo dela estava em uma região de mata, sem câmeras ou comércio próximos, e com a identificação presa à gola da roupa. A ideia da quadrilha, especializada em golpe de seguro de vida, era que não corresse o risco de ela ser enterrada como indigente, o que prejudicaria a retirada do dinheiro do seguro.

Segundo a delegada responsável pela investigação, Luciana Fonseca, Hitler da Silva Ângelo fez o contrato do seguro apenas 20 dias antes do crime. Luciene foi encontrada morta em fevereiro deste ano em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. A polícia se deparou com dois seguros de vida em nome dela que, juntos, somam R$ 4 milhões.

— Foi rápido. Eles pagaram a primeira parcela de cada um dos seguros e, logo depois, ela morreu. Ainda tentaram abrir um terceiro seguro, mas não conseguiram — afirmou a delegada.

Hitler foi preso nesta quarta-feira por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Foram necessários meses de investigação.

Luciene foi encontrada morta em 21 de fevereiro de 2024, com sinais de violência no pescoço e tórax provocados por um objeto perfurocortante, na Rua Caminho da Liberdade, em Santa Cruz. Ela vivia nas ruas.

O valor milionário, destinado a beneficiários que também viviam nas ruas e não tinham laços familiares com a vítima, levantou suspeitas de fraude.

Hitler Ângelo já tinha passagem pela polícia: ele foi preso em julho de 2023, suspeito de chefiar uma organização criminosa envolvida em estelionato e falsificação de empréstimos. A quadrilha, que operava a partir de uma base num shopping na Zona Norte do Rio.

Por Extra

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