O Acre registrou quatro mortes por diarreia aguda em 2024, segundo o boletim epidemiológico de monitoramento das doenças diarreicas agudas (MDDA), divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre).
O relatório, que compreende o período de 1º de janeiro a 21 de setembro deste ano, indica um aumento de 15,7% nas notificações das doenças em comparação ao mesmo período de 2023.
De acordo com o boletim, foram notificados 36.914 casos de diarreia aguda no Acre entre janeiro e setembro, enquanto no mesmo período do ano passado o número foi de 31.903, resultando em um acréscimo de 5.011 casos.
A análise dos dados sugere que o estado passou por picos de contaminação, que coincidiram com o período pós-enchentes. Embora os casos atualmente estejam dentro do canal endêmico, considerado normal para a região, o boletim aponta que 14 municípios acreanos apresentaram elevação de casos durante o ano, além das subnotificações.
O boletim também detalha a distribuição dos óbitos ocorridos este ano: uma morte foi registrada em Rio Branco, outra em Feijó, uma em Manoel Urbano e duas em Santa Rosa do Purus. No ano passado, o número total de mortes por diarreia aguda no estado foi de 20.
Segundo o documento, a diarreia aguda se caracteriza pela diminuição da consistência das fezes e/ou aumento no número de evacuações, e pode levar à desidratação rápida. “Uma pessoa que apresenta quadro clínico de doença diarreica aguda perde muito líquido por meio das fezes amolecidas. Isso pode levar a um estado de desidratação, por isso, é importante observar o seu estado de hidratação e direcionar para o plano de tratamento mais adequado”, alerta o boletim.