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Acre tem maior taxa de mortalidade infantil por sífilis congênita do Brasil em 2023, aponta boletim

Foto: Arquivo/Agência Brasil

O estado do Acre liderou o ranking nacional de mortalidade infantil por sífilis congênita em 2023, com uma taxa de 20,8 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos. De acordo com o Boletim Epidemiológico de Sífilis de 2024, divulgado pelo Ministério da Saúde, foram registradas três mortes de bebês menores de um ano devido à infecção no estado.

Além da alta taxa de mortalidade, o Acre também apresentou um elevado número de casos de sífilis adquirida e em gestantes. Em 2023, o estado contabilizou 1.654 casos de sífilis adquirida, com uma taxa de 182,4 casos por 100 mil habitantes, uma das mais altas do país.

Já entre gestantes, foram 546 notificações, o que corresponde a uma taxa de 37,8 casos por 100 mil habitantes.

A sífilis congênita, que ocorre quando a infecção é transmitida da mãe para o bebê durante a gestação, registrou 82 casos no estado em 2023, com uma taxa de 5,7 casos por 100 mil habitantes. Conforme o boletim, houve uma redução em comparação aos 96 casos registrados em 2022.

Em 2024, entre janeiro e agosto, o Acre já contabiliza 30 novos casos de sífilis congênita. No mesmo período, foram registrados 140 casos de sífilis adquirida e 193 casos entre gestantes.

O boletim também revela que, no âmbito nacional, o Acre é um dos estados com menor percentual de casos de sífilis congênita em relação ao total de casos de sífilis em gestantes, com 15%. A média nacional para esse indicador é de 29%.

A sífilis é uma doença de fácil diagnóstico e tratamento, principalmente quando identificada durante o pré-natal. Testes rápidos para a detecção da doença estão disponíveis na rede pública de saúde, assim como a penicilina, medicamento eficaz no tratamento da infecção em gestantes e na prevenção da transmissão para o bebê.

A eliminação da sífilis congênita até 2030 é uma das metas do Ministério da Saúde.

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