Você já parou para pensar que a alimentação contribui – ou não – para o aparecimento de 30% a 50% dos casos de câncer de mama diagnosticados? A informação é da nutricionista Mariana Cunha, que conversou com A GAZETA na manhã desta segunda-feira, 7.
Segundo Cunha, a dieta pode ser tanto promotora quanto protetora no desenvolvimento de um tumor, de modo que o ideal é se espelhar em nossos avós, por exemplo, que tinham uma base alimentar mais natural, caseira, baseada em verduras, frutas, legumes, feijão, arroz, raízes, ou seja, ter uma base com comida de verdade.
“Além disso, é importante incluir mais alimentos funcionais na sua rotina diária, ou seja, aqueles que produzem benefícios além das funções nutricionais básicas que têm compostos bio ativos capazes de silenciar ou expressar determinados genes envolvidos no aparecimento e desenvolvimento do câncer, como chá verde, sementes como linhaça e gergelim, peixes ricos em ômega-3, como sardinhas, salmão e atum, assim como o consumo de frutas vermelhas”, explicou Mariana, que alerta: “Deixe de lado os alimentos ultra processados como bolachas, linguiças e temperos prontos”, disse.
A nutricionista explica também que uma alimentação equilibrada com o consumo adequado de proteínas, vegetais e frutas pode contribuir para controle de peso e composição corporal, focando na perda de gordura e, assim, reduzindo o potencial inflamatório e influenciando no ganho da massa muscular. “Isto dá mais força e vitalidade. Mantenha uma rotina ativa de exercício físico pelo menos quatro vezes na semana, treino aeróbico, mas também inclua musculação, pois já há estudos que mostram que o treino de força age como promotor benéfico em todos os eixos da saúde da mulher, assim como hormonal, emocional e física, ou seja, busque por um estilo de vida saudável, sustentável e que te ajude a viver com mais qualidade dentro da sua realidade, nada de extremismos”, reforçou.
Excesso de peso pode ser um fator para câncer de mama?
De acordo com a nutricionista, estudos apontam que o sobrepeso e a obesidade, principalmente após a menopausa, podem influenciar na produção de hormônios como o estrogênio, que está associado a diferentes tipos de câncer de mama. “É por isso que a nutrição pode ajudar a reduzir esse risco. De acordo com um grande estudo realizado em 2018, foi possível concluir que 6,5% das mortes por câncer de mama foram causadas pelo consumo de bebida alcoólica, pelo sobrepeso e por uma dieta rica em açúcar”, reiterou.
No que diz respeito ao período de gravidez, a nutricionista explicou que é necessários ainda mais vitamínicos, como o o acido fólico, importante para a formação do tubo neural do feto. “Além do ferro, que é essencial para a formação de hemoglobina que transporta oxigênio para o feto que está em desenvolvimento; cálcio, importante para o desenvolvimento dos ossos e dentes do bebê, além de prevenir complicações como pré-eclampsia; zinco, que contribui para o desenvolvimento do sistema imunológico e para o crescimento do celular do feto; magnésio, que é um mineral importante durante a gravidez, pois está envolvido em diversas funções do organismo como a formação de ossos e dentes, controle do açúcar no sangue e manutenção do sistema nervoso saudável”, relembrou.
Ao final, a nutricionista afirmou que uma alimentação ajustada e equilibrada com um consumo adequado de proteínas, vegetais e frutas, pode contribuir tanto para o controle do peso quanto para a redução do potencial inflamatório. “Além disso, ajuda no ganho de massa muscular, dando mais força e vitalidade” reforça.
A nutricionista ainda lembrou que é importante uma rotina ativa de quatro vezes na semana, treino aeróbico e também musculação. “Pois já há estudos que mostram que o treino de força age como promotor benéfico em todos os eixos da saúde da mulher, assim como hormonal, oste-emocional e física, ou seja, busque por um estilo de vida saudável, sustentável e que te ajude a viver com mais qualidade dentro da sua realidade, nada de extremismos.