Com o objetivo de impulsionar a visibilidade e a participação política da comunidade LGBT+, chega, na capital acreana, o Bonde LGBT+, projeto que promove uma série de ações estratégicas que visam fortalecer a comunidade.
O bonde, idealizado pela organização VoteLGBT, já passou por cidades como Porto Alegre, Fortaleza, Brasília, Salvador e Belém. Além disso, uma das iniciativas centrais do projeto é o Mapa LGBT+, uma plataforma colaborativa que busca catalogar e facilitar o acesso da população LGBT+ a espaços seguros da região.
O mapa abrange categorias como cultura, sociabilidade, religião, esporte e política, e qualquer pessoa pode contribuir preenchendo um formulário disponível no site.
Outra ação é o Festival de curta-metragens que celebra as histórias e lideranças LGBT+ do Acre. As inscrições para o festival de curtas-metragens estarão abertas de até o próximo dia 17 de novembro, e os vídeos finalistas estarão disponíveis na plataforma LGBTFlix e serão divulgados em 19 de novembro. A votação popular ocorrerá entre 19 e 26 de novembro.
Os três vídeos mais votados receberão prêmios de R$ 1.000, R$ 700 e R$ 300, respectivamente, com a divulgação dos vencedores marcada para o dia 3 de dezembro, em celebração à passagem do projeto pela cidade.
O Bonde LGBT+ conta com a parceria do Tetetas Grupo Teatral, um coletivo de artistas LGBTQIAPN+ que atua na cena cultural de Rio Branco desde 2018. Originado na Universidade Federal do Acre (Ufac), o grupo surge da necessidade de abordar no teatro as discussões sobre os corpos LGBTQIAPN+, pretos e periféricos, defendendo a ideia de que nada deve ser falado sobre eles sem a sua participação.
O Tetetas busca ocupar os palcos e as ruas de Rio Branco, utilizando suas pautas e lutas para desenvolver estratégias artísticas e culturais que garantam a visibilidade e a resistência da comunidade nos dias atuais.
“O Bonde LGBT+ é uma oportunidade valiosa para destacar ainda mais a força e a diversidade LGBT+ em Rio Branco. Esperamos que essa iniciativa contribua para uma participação política mais ativa e representativa, promovendo um ambiente onde todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas”, afirma Gui Mohallem, da diretoria executiva do Vote LGBT.