O Ministério do Meio Ambiente (MMA), anunciou na última sexta-feira, 18, uma série de medidas para ampliar o acesso ao Programa Bolsa Verde, que realiza pagamentos trimestrais de R$ 600 a famílias que mantêm e usam de forma sustentável os recursos naturais de onde residem. Setenta e uma novas áreas serão incluídas na iniciativa, e um aplicativo facilitará o contato com os beneficiários.
“O Bolsa Verde já existia e foi abandonado. A gente não tinha dados e conseguimos os dados e agora já são 42 mil famílias e vamos chegar a 50 mil”, afirmou a ministra Marina Silva sobre o programa, que passará a abranger 494 territórios.
Recentemente, 71 áreas foram incluídas no programa, elas estão localizadas nos estados do Pará, Amazonas, Amapá, Acre, Maranhão e Rondônia. Cerca de 18 novas mil famílias estarão aptas a receber o benefício.
Retomado no ano passado, o Bolsa Verde incentiva a preservação ambiental a partir da elevação da renda e da melhoria das condições de vida de moradores de unidades de conservação de uso sustentável e assentamentos ambientalmente diferenciados da reforma agrária.
Em contrapartida, os beneficiários se comprometem com a manutenção da cobertura vegetal, a conservação da biodiversidade e a participação nas atividades ambientais realizadas pelo programa.
A secretária Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Edel Moraes, destacou que o governo federal realiza busca ativa nos territórios para a ampliação contínua do programa. A ideia é incrementar a taxa de adesão das pessoas aptas a participar do programa e mobilizar os municípios para inclusão das famílias no CadÚnico.
“O Bolsa Verde é um programa de caráter socioeconômico e ambiental que busca unir cidadania, preservação do meio ambiente, mas principalmente enxergar e dar visibilidade aos trabalhadores da conservação espalhados pelas florestas, manguezais, territórios e maretórios do Brasil”, disse Moraes.