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MP instaura inquérito sobre mortandade de peixes no Rio Acre; governo e prefeitura colhem amostras para análise

Foto: Carina Castelo Branco/Sema

A mortandade dos peixes no Rio Acre ganha ainda mais desdobramentos. Isto porque na manhã desta quinta-feira, 10, o Ministério Público do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Baixo Acre, instaurou inquérito civil para apuração das causas do fenômeno.

O caso ganhou notoriedade quando o deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD) denunciou, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na última terça-feira, 8. Segundo o parlamentar, a preocupação maior é que a comunidade consuma peixes e adoeça.

O inquérito foi instaurado pelo promotor de Justiça Alekine Lopes, que determinou a adoção imediata de diligências para elucidar o ocorrido e identificar possíveis responsáveis.

Foi solicitado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), ainda, o envio, no prazo de cinco dias, de relatórios de fiscalização realizados na área afetada, visando identificar as causas da mortandade dos peixes e as providências já tomadas.

Força-tarefa

Segundo a secretária de Estado de Meio Ambiente, Julie Messias, foi estabelecida uam força-tarefa, composta por técnicos especializados da Sema, do Imac e da Semeia para maiores apurações da qualidade da água.

“Essa equipe fez uma vistoria para a análise da qualidade da água, da temperatura da água, para que a gente possa identificar as possíveis causas das mortes desses peixes, ou seja, o prejuízo à fauna aquática”, explicou Messias, enfatizando que a análise é fundamental para entender quais são os fatores causadores. “Seja pela poluição, pela alta temperatura, pela baixa oxigenação da água. Nesse momento, nós estamos aqui, já estamos no quarto ponto de coleta”, reforça.

Ainda segundo Julie, foram feitos pontos no Rio Acre, e um fica na Foz da Judia. “Fizemos uma outra coleta na Foz do Judia. Uma terceira coleta, a montante do ponto de denúncia. E agora estamos finalizando com a quarta coleta”, disse.

Danos na pesca

Em entrevista à Agência de Notícias, o pescador Pedro Ferreira, que mora no Ramal do Oriente, na Estrada do Quixadá, disse ter percebido os peixes mortos no último domingo, 6. Segundo Ferreira, esta é a terceira vez que vê um fenômeno semelhante”. Acho que a água ficou sem oxigênio, por isso está acontecendo isso”, analisou.

 Foto: Carina Castelo Branco/Sema

As amostras coletadas serão submetidas a análises laboratoriais, e o resultado embasará uma nota técnica, que será elaborada em conjunto pelas instituições envolvidas. Um documento, com as repostas das análises, pode esclarecer as mortes e dar mais orientações quanto às ações a serem  tomadas

 

 

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