A greve do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completa 95 dias nesta segunda-feira, 21, e ainda não tem previsão de acabar. As informações foram confirmadas pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS).
No Acre, a exemplo do País, a paralisação continua, conforme informações do analista do seguro Social Etenne Hugo. Segundo o profissional, a greve tem aumentando ainda mais em alguns outros estados. “Porém, estão mais fortes os estados do Ceará, São Paulo, Rondônia, Amazonas e Rio Grande do Sul”, diz.
Além disso, Etenne confirma que o movimento tem conversado com parlamentares articuladores de diversos partidos políticos para que possam intermediar na negociação como Governo federal. “Especialmente, o Ministério da Gestão e Inovação, além do próprio INSS”, informa, acrescentando ainda que, na última semana, esteve em Brasília justamente para participar de atos e manifestações com servidores de todo o Brasil.
Segundo a FENASPS, o governo federal segue inflexível. “E, agora, tenta manipular a opinião pública, divulgando notas com informações inverídicas a respeito do número de servidores em greve no momento”, informa, em nota.
A subnotificação, ainda de acordo com a FENASPS, revela uma tentativa da atual gestão do INSS em desqualificar o movimento de greve. “Não a primeira, já que desde a primeira semana de paralisação o Governo ingressou com ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para torná-la ilegal – em vez de sentar e negociar com os trabalhadores(as), fundamentais para a atuação da Previdência Social, uma política pública que movimenta milhões de reais em benefícios todos os meses, atingindo milhões de brasileiros”. Ainda segundo a federação, a greve segue.