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Secretaria apura caso de transplantados contaminados com HIV no estado do Rio: ‘Sem precedentes’

Foto: Reprodução/google

Pacientes receberam órgãos transplantados no Estado do Rio e, após as cirurgias, testaram positivo para HIV. A informação foi divulgada pela BandNews nesta sexta-feira e confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) ao Jornal Extra. Contratado por licitação pela Fundação Saúde para atender ao programa de transplantes, o laboratório privado PCS Lab Saleme foi interditado e é investigado.

O laboratório que viabilizou os transplantes passou por uma fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foi interditado, após serem encontradas inúmeras irregularidades. Com isso, os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio. O Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) investiga o caso.

O paciente que recebeu um coração apresentou sintomas e reações nove meses depois. Após fazer inúmeros exames, ele testou positivo para o vírus HIV. Outros doadores estão sendo testados pelo Hemorio para saber se há mais casos registrados.

O transplante de um órgão no Brasil começa no atestado de morte encefálica, seguida pelo contato com a família e, depois, análise clínica do doador, com exames para verificar se o órgão está saudável. O erro aconteceu porque os testes para constatar doenças deram negativo, e a doação seguiu.

Por nota, a secretaria informou que esta se trata uma “situação sem precedentes” e que “o serviço de transplantes no estado do Rio de Janeiro sempre realizou um trabalho de excelência e, desde 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pessoas.”

O órgão informou ainda que instaurou uma sindicância para identificar e punir os responsáveis. Uma comissão multidisciplinar também foi criada para acolher os pacientes afetados; e medidas foram tomadas para garantir a segurança dos transplantados. Todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro de 2023, data da contratação do laboratório, estão sendo rastreadas e reavaliadas.

Por Extra

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