O Tribunal de Justiça do Estado do Pará determinou nesta sexta-feira (1º/11) que a médica Lana Tiani Almeida da Silva retire da web todo o conteúdo em que faz alegações falsas sobre o câncer de mama e que não publique mais postagens negacionistas sobre a doença e tratamentos. A médica é acusada de anunciar que o câncer de mama não existe e se posicionou contra a realização de exames de mamografia.
Com a decisão da Justiça, tomada com urgência, a ré foi obrigada a retirar todas as publicações neste sentido do ar e foi impedida de produzir qualquer outro conteúdo sobre o câncer de mama. Além disso, a decisão indica que ela “se abstenha de anunciar qualquer cura ou método alternativo para patologias”. O tribunal paraense ainda estipulou uma multa diária de R$ 1,5 mil caso ela descumpra as determinações.
Lana estava sendo processada pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) desde que seus vídeos afirmando ser especialista em mastologia e ser contra a mamografia viralizarem na web: “Venho falar para vocês que câncer de mama não existe. Então esqueçam Outubro Rosa. Esqueçam mamografia”, disse ela.
A médica também sugeriu que tratamentos hormonais poderiam curar os tumores com maior eficácia do que a quimioterapia. Segundo uma nota da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), esse “tratamento alternativo” defendido por Lana pode levar inclusive ao crescimento das células cancerígenas, pois muitos tipos de tumor se “alimentam” justamente de hormônios sexuais femininos.
Além de responder na Justiça, a profissional também está sendo investigada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), mas a medida administrativa segue em sigilo.
Por: Metrópoles